Direita tem ampla vitória em eleição na França
Pleito regional teve derrota de governistas
A direita obteve ampla vitória nas eleições departamentais da França deste domingo (29), desferindo um duro golpe no Partido Socialista, do presidente François Hollande, de acordo com estimativas dos institutos de pesquisa franceses.
A extrema direita, apesar de confirmar sua ascensão eleitoral, não conquistou nenhum departamento (unidade administrativa regional sem equivalente no Brasil).
As eleições departamentais são consideradas o primeiro teste para o pleito presidencial marcado para 2017.
De acordo com as primeiras sondagens, a coalizão formada por UDI (centro) e UMP (direita), sigla do ex-presidente Nicolas Sarkozy (2007-2012), teria conquistado de 65 a 71 dos 101 departamentos franceses. A esquerda, por sua vez, teria ganhado de 28 a 35 departamentos.
A ultradireitista Frente Nacional, de Marine Le Pen, apesar de ter ampliado o número de cadeiras, não teve votos suficientes para dirigir nenhum dos departamentos.
O primeiro-ministro socialista, Manuel Valls, aceitou a derrota de seu partido e a vitória da direita, que classificou de "incontestável".
Sarkozy, por sua vez, declarou que o resultado mostra o repúdio da população ao governo socialista.
Até agora, a esquerda administrava 61 dos 101 departamentos franceses.
A abstenção registrada na eleição girou em torno de 50%, segundo projeções.
O presidente Hollande vive um momento delicado de seu governo, com a economia francesa apresentando crescimento muito baixo e taxas de desemprego recordes.
O pleito deste domingo elege os representantes de conselhos de 98 dos 101 departamentos da França, responsáveis pelas decisões sobre proteção à infância, aos idosos e aos deficientes físicos.