Chile
Em meio a escândalo de corrupção, Bachelet diz não pensar em renúncia
DE BUENOS AIRES - Em meio a escândalos de corrupção que envolvem seu filho, políticos de partidos aliados e também do arco opositor, a presidente chilena Michelle Bachelet afirmou nesta quarta (8) que não pensou e não pensa em renunciar.
"Se por acaso alguém tem dúvidas, não pensei em renunciar e não penso em fazê-lo, nem sequer sei se isso poderia ser feito constitucionalmente."
Bachelet foi questionada sobre a paralisia do governo provocado pelo caso de suposto tráfico de influência envolvendo seu filho.
Sebastián Dávalos é acusado de ter usado sua influência para conseguir um empréstimo de R$ 30 milhões para a empresa de sua mulher, Natalia Compagnon.
O dinheiro foi usado na compra de terrenos, revendidos por valor mais alto. Devido à suspeita, Bachelet afastou o filho do governo, mas foi criticada por ter demorado demais para fazer isso.
"A verdade é que eu não tive nenhuma vinculação com nada disso, nem com a reunião [entre Dávalos e o presidente do Banco do Chile], nem com o negócio."
O caso envolvendo a família presidencial colocou em ponto morto as reformas educacional e política e afetou a imagem de Bachelet, que tem a menor popularidade desde que assumiu seu primeiro mandato, em 2006.
"Não estamos paralisados em nada. O que aconteceu é que uma das reformas [a política] tomou uma importância maior", disse Bachelet.