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Políticos tiram proveito de ato para campanha na Argentina
A quatro meses da eleição presidencial, diversos políticos argentinos aproveitaram os protestos contra a violência contra a mulher nesta quarta-feira (3) e manifestaram seu apoio à causa.
Milhares de pessoas foram aos atos na capital Buenos Aires e em cidades como Córdoba, Rosario e Santa Fe. Houve manifestações também no Chile e no Uruguai.
Uma resposta ao aumento do número de mortes de mulheres por violência doméstica, o termo #niunamenos (nenhuma a menos, em espanhol) foi um dos mais comentados do Twitter no mundo.
Por meio da rede social, a presidente Cristina Kirchner disse que a violência contra mulher é efeito de "uma cultura devastadora do feminino" e criticou os meios de comunicação por fomentar comportamentos machistas.
"Outras mais sutis, vistas e até com medição de audiência: a mulher coisificada, peitos e bundas...tocadas em público e medidas pelo Ibope".
Os principais candidatos à sucessão de Cristina não ficaram atrás. O governista Daniel Scioli e o opositor Mauricio Macri apareceram em fotos com um cartaz com a mensagem #niunamenos.
Já Sergio Massa apareceu assinando um compromisso pela aplicação integral da Lei de Proteção às Mulheres.
OPORTUNISMO
Nem todos os políticos, porém, foram felizes ao dar apoio à campanha. O subsecretário do Ministério do Desenvolvimento Ariel Sujarchuk também saiu com uma foto com a hashtag #niunamenos no Twitter.
Porém, ele, que pretende ser candidato a prefeito de Escobar, na Grande Buenos Aires, é acusado de agredir duas mulheres e ameaçar uma funcionária de seu gabinete.
Além dos políticos, celebridades como o jogador Lionel Messi e o tenista Juan Martín del Potro aderiram à causa.