Republicanos criticam cerimônia na capital cubana
O hasteamento da bandeira americana em Cuba mal havia terminado, e a oposição republicana já disparava ataques à reaproximação entre os dois países.
Para o governador da Flórida e pré-candidato presidencial pelo Partido Republicano, Jeb Bush, a visita de Kerry foi "um presente de aniversário" ao ex-ditador Fidel Castro, que completou 89 anos na quinta-feira (13).
"Os EUA mudaram, mas Cuba não. Continua sendo uma ditadura inflexível, um exemplo trágico da insensatez do comunismo e uma afronta à consciência das nações livres do hemisfério ocidental", disse Bush em um comunicado.
Se for eleito presidente nas eleições do próximo ano, Bush promete "reverter a estratégia de acomodação e apaziguamento" com o regime cubano.
Outro postulante à candidatura republicana, o senador de origem cubana Marc Rubio foi na mesma linha de ataques à "capitulação" do presidente Barack Obama à ditadura cubana. Ele também prometeu reverter a aproximação se for eleito.
"Obama recompensou o regime Castro por suas táticas repressivas e sua paciente e persistente oposição aos interesses americanos", disse Rubio.
EMBAIXADOR
A embaixada americana reabriu sem ter um embaixador nomeado. O mais cotado é Jeffrey DeLaurentis, que atuava como chefe da seção de negócios em Havana, mas os republicanos prometem vetar qualquer que seja o nome escolhido.
Também houve críticas de membros do partido de Obama.
O senador democrata Bob Menendez, também filho de cubanos, considerou "vergonhoso" o fato de opositores do regime não terem sido convidados para a cerimônia desta sexta, que marcou a reabertura oficial da embaixada.
O governo americano justificou a ausência dos dissidentes pela falta de espaço na representação diplomática e afirmou que Kerry se reuniria com eles após a cerimônia.