EUA apuram uso de armas químicas por Estado Islâmico
Forças curdas foram alvo de ataque que provocou vômitos e queimaduras no Iraque; suspeita-se de uso de gás de cloro ou mostarda
A Casa Branca anunciou que investigará se a facção terrorista Estado Islâmico está fazendo uso de armas químicas contra forças curdas no norte do Iraque.
Segundo o Exército peshmerga, soldados em Makhmour (sudeste de Erbil) foram atacados possivelmente com gás de cloro.
Os homens sentiram tontura, ânsia de vômito e fraqueza. Alguns também reportaram queimaduras.
É a terceira denúncia de uso de armas químicas no Iraque apenas neste ano. O gás de cloro foi proibido em uma convenção internacional de 1997. Se inalado, ele queima os pulmões.
Caso a acusação seja confirmada, é possível que os EUA aumentem sua ofensiva contra a facção. Hoje, o país realiza ataques aos milicianos por meio de forças locais, como os curdos e as Forças Armadas iraquianas.
Citando fontes no governo americano, a CNN disse que as autoridades já têm em mãos dados confiáveis que indicam o uso de armas químicas pelo EI, ainda que em quantidade e concentração baixas. No entanto, as evidências apontariam para o uso de gás mostarda, não de cloro. A substância está sendo testada.
ESCRAVA SEXUAL
Segundo uma adolescente da minoria religiosa yazidi, a americana tomada como refém pelo EI Kayla Mueller era usada como escrava sexual pelo líder da facção, Abu Bakr al-Baghdadi.
A jovem, de 14 anos, teria conhecido Mueller em um cativeiro, do qual conseguiu escapar em outubro de 2014.
De acordo com a garota, Mueller foi transformada em uma das mulheres de Baghdadi, justificativa usada por membros da facção para estuprar reféns mulheres, muitas delas yazidis.
Após investigação, forças americanas de inteligência confirmaram o relato da adolescente e o repassaram à família de Mueller.
A americana foi tomada como refém com o namorado, Omar Alkhani, em agosto de 2013. Os dois deixavam um hospital da ONG Médicos Sem Fronteiras em Aleppo, na Síria, onde ele havia sido contratado para realizar um serviço técnico. Alkhani foi libertado dois meses depois.
Segundo o EI, Mueller foi morta em fevereiro durante um ataque aéreo da Jordânia a uma base do EI nas proximidades de Raqqa, na Síria.