Tailândia mostra vídeo de suspeito de atacar templo
Segundo a polícia, homem deixou mochila com bomba perto de santuário
Suspeito fugiu de moto segundos antes da explosão que deixou pelo menos 20 mortos e 126 feridos em Bancoc
As autoridades da Tailândia divulgaram nesta terça-feira (18) imagens de um homem que seria o autor do atentado contra o templo Erawan, em Bancoc. A ação, na última segunda (17), deixou 20 mortos e 126 feridos.
Câmeras de segurança de locais próximos ao santuário captaram um homem de camisa amarela e óculos. Nos vídeos, ele aparece deixando uma mochila embaixo de um banco a metros do templo.
A polícia afirma que, em seguida, ele deixou o local de mototáxi. "É muito claro que foi ele quem cometeu o crime", disse o porta-voz da polícia, Prawut Thavornsiri.
Segundo o representante dos agentes, a bomba foi montada na Tailândia e com materiais obtidos no país.
Os moradores de Bancoc tomaram outro susto nesta terça quando uma pequena bomba explodiu após ser atirada de uma ponte, sem deixar feridos. A polícia ainda tenta descobrir se há ligação entre as duas ações.
O chefe da junta militar, Prayut Chao-ocha, disse que os autores querem prejudicar o país. "Este é um movimento que provavelmente deseja ter vantagem política e destruir a economia e o turismo, entre outras coisas".
Nenhum grupo reivindicou o ataque. As autoridades elencam entre os principais suspeitos adversários políticos da ditadura militar e insurgentes muçulmanos do sul do país, embora estes não costumem fazer ações contra civis nem em Bancoc.
A suspeita também recai sobre os uigures, etnia islâmica da província chinesa de Xinjiang. Neste caso, a ação seria uma vingança contra a deportação de 109 uigures ilegais no país para a China.
PERÍCIA
Nesta terça, a polícia continuou sua perícia pelo local do acidente, tentando encontrar vestígios que levem aos autores do ataque contra um dos bairros mais frequentados por turistas na cidade.
O ataque atingiu também o mercado financeiro do país. O baht tailandês caiu para a menor cotação em seis anos, diante do temor de que o atentado afete o turismo.
Entre os 20 mortos estão cinco tailandeses, dois chineses, dois cidadãos de Hong Kong, um britânico, dois malaios, um cingapuriano, um indonésio e um filipino. A China pediu investigação rigorosa sobre o ataque.
Entre 2012 e 2014, a Tailândia passou por uma crise política que levou ao golpe contra a primeira-ministra Yingluck Shinawatra. Em seu lugar, assumiu a junta militar que hoje controla o país.
O irmão de Yingluck, o ex-chefe de governo Thaksin Shinawatra, descartou qualquer relação com os ataques.