Uber é acusado de não identificar criminosos
Para promotores, empresa de 'carona paga' falha ao checar antecedentes dos motoristas
Promotores da Califórnia ampliaram sua ação civil contra o Uber, o serviço de "carona paga" on-line, alegando que as verificações de motoristas que se cadastram não identificam pessoas que já possam ter sido condenadas.
Promotores de San Francisco e de Los Angeles apresentaram uma queixa contra a companhia Uber Technologies, na terça-feira (18), afirmando que "falhas sistêmicas no processo de verificação de antecedentes [de motoristas] do Uber" surgiram após sua apresentação inicial, em dezembro.
A nova denúncia diz terem sido registrados crimes sexuais, roubos de identidade e um caso de sequestro.
O documento diz ainda que um assassino que já havia sido condenado foi aprovado no processo de seleção da empresa e estava trabalhando até que a companhia foi citada como prestadora de transporte ilegal.
SEGURANÇA
"Eu apoio a inovação tecnológica. Inovação, porém, não significa dar às empresas uma licença para enganar os consumidores sobre questões que afetam a sua segurança", afirmou o procurador distrital de San Francisco George Gascon na quarta-feira (19).
A sede da Uber em San Francisco informou em um comunicado que o seu sistema de triagem é tão eficaz –e às vezes até mais eficaz– do que um sistema diferente usado por empresas de táxi.
A empresa acrescentou que, no ano passado, rejeitou mais de 600 pessoas que tinham solicitado vaga de motoristas em Los Angeles, San Diego e San Francisco porque tinham sido condenadas por crimes violentos e por dirigir alcoolizadas.