Povo impediu golpe contra Dilma, diz Maduro
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na noite desta segunda que as recentes marchas contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff selaram a derrota de supostas forças golpistas no Brasil.
"[A direita] queria repetir o que fez contra João Goulart", disse Maduro, numa referência ao golpe de Estado perpetrado em 1964 contra o então presidente brasileiro.
"Mas não conseguiram porque o povo derrotou a conspiração contra Dilma", afirmou o presidente, em entrevista coletiva no Palácio Miraflores, em Caracas, numa referência às marchas do PT e de movimentos sociais em várias cidades brasileiras na semana passada.
Maduro chamou Dilma de "grande presidente", mas ressaltou que Lula é um "grande líder da América Latina."
Nas últimas semanas, o presidente venezuelano vem se posicionando abertamente em favor do governo brasileiro, importante parceiro político e econômico de Caracas.
Maduro também voltou a descartar a presença de observadores eleitorais no pleito parlamentar de 6 de dezembro, no qual a oposição teme fraudes.
Em resposta ao secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que vem pedindo observadores, Maduro disse que o organismo multilatereal "deveria morrer."
"Tomara que Almagro seja o sepultador da OEA", afirmou Maduro.
Segundo o presidente venezuelano, a OEA nasceu em 1948 como "ministério de colônias" e, por isso, sua sede encontra-se em Washington.