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Márcio Thomaz Bastos
Thomaz Bastos foi o único ministro da Justiça que não fez do cargo um trampolim político e que não usou seu gabinete para negociações partidárias. Foi também quem reestruturou a Polícia Federal e soltou as amarras que a impediam de fazer as investigações necessárias. Antes, o cargo era meramente decorativo. Pena que seus sucessores não entenderam a seriedade do trabalho, mas felizmente a estrutura da PF não pode mais ser desmontada.
RODRIGO DE FILIPPO (Rio de Janeiro, RJ)
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Além da advocacia, Márcio Thomaz Bastos foi nosso palestrante e coautor da obra "Grandes Advogados". Exemplo para a advocacia, criou novos parâmetros para a atuação na Justiça Criminal. Como ministro, pode-se afirmar que estabeleceu dinâmica relevante para enfrentar os desafios que a função impõe. Meus sentimentos à família.
PIERRE MOREAU, sócio da Casa do Saber e do escritório Moreau Advogados (São Paulo, SP)
Petrobras
Se o PT se vangloria de que não tem nada a esconder nesse caso da Petrobras, por que fez de tudo para evitar a quebra dos sigilos do tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, na CPI mista da Petrobras? A verdade mesmo, é que o Petrolão, acompanhado de perto pela Justiça norte americana, está tirando o sono da presidente Dilma Rousseff, que passou mais de dez horas reunida com seus conselheiros na residência oficial do Alvorada.
EDGARD GOBBI (Campinas, SP)
Privatizações
O infográfico "Passando a limpo" ("Poder", 20/11), seguindo um repetido mote ideológico, coloca as privatizações no governo FHC como um dos escândalos que abalaram o país. Afirma que as privatizações teriam sido desfavoráveis ao Brasil. Será que se está referindo a da Telebras? Na época uma linha telefônica chegava a custar US$ 10 mil e precisava constar da declaração de bens do Imposto de Renda. Hoje existem mais de 200 milhões de linhas, apenas na telefonia móvel. Ou a Embraer? Desafio indicar uma que tenha sido desfavorável ao país. Também diz que os casos nunca foram investigados. Não é verdade. O PT e aliados entraram na Justiça contra todas as privatizações da época. Todos estes processos não prosperaram por absoluta falta de provas.
ANDRÉ FRANCO MONTORO FILHO, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP e presidente do conselho fiscal do PSDB-SP (São Paulo, SP)
Delação premiada
A coluna de Rogério Gentile ("A lei do silêncio dos advogados", "Opinião", 20/11) demonstra um preconceito primitivo contra o direito de defesa. O advogado Márcio Thomaz Bastos, morto ontem, foi um baluarte da defesa desse direito. Criou, com outros notáveis, o Instituto Brasileiro de Defesa do Direito de Defesa com o objetivo de demonstrar que todos e qualquer um tem direito à defesa técnica. Ver na condenação do instituto da delação premiada um interesse meramente financeiro e corporativo dos advogados é simplificar demais a discussão. Como leitor da Folha e do colunista, esperava um comentário mais criativo e inteligente.
VALMIR APARECIDO MOREIRA, advogado (Araras, SP)
Samuel Klein
O Brasil perdeu um dos homens que revolucionou o varejo no país. Samuel Klein foi, sem dúvida, o percursor das vendas para uma classe de consumidores de baixa renda com a Casas Bahia. Vindo da Polônia, Samuel fez do Brasil sua pátria dando emprego a milhares de trabalhadores. São Caetano do Sul, perde um filho adotivo, e o Brasil perde um de seus principais empresários. Seu legado de empreendedor ficará perpetuado. Que sua alma descanse em paz!
TURÍBIO LIBERATTO (São Caetano do Sul, SP)
Salários da USP
Finalmente a USP está publicando a folha salarial detalhada de seus servidores. Pena que a iniciativa tenha sido uma determinação da Justiça, e não uma atitude para fortalecer a própria instituição. É óbvio que o teto salarial deve ser o do governador, pois ninguém tem maior responsabilidade constitucional e social do que o principal cargo do Executivo. O Brasil está sendo passado a limpo. Chega de privilégios corporativos. Vamos trabalhar cada vez mais para a justiça social.
JOSÉ EDUARDO AMANTINI, prefeito de Itapuí (Itapuí, SP)
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O artigo de José Athur Giannotti e Ivan Cunha do Nascimento ("As diferenças salariais da USP", Tendências/Debates, 20/11), além de esclarecer a polêmica em torno dos vencimentos na USP, traz sugestões para resolver a questão. Não é justo para quem estudou e se dedicou tanto ser penalizado e taxado de marajá com tantos exemplos de corrupção todos os dias no Brasil.
ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)
TV Cultura
A Fundação Padre Anchieta - Rádio TV Cultura vem passando por um momento de dificuldade orçamentária e financeira, pois, apesar dos ajustes feitos pela atual administração, com rigorosa racionalização e contenção de despesas, sofremos forte queda na sua arrecadação própria, face à situação econômica do país. Diante desse quadro, como consta da nota "TV Cultura atrasa salários de artistas e terceirizados", da coluna "Outro Canal" ("Ilustrada", 20/11), fomos obrigados a recorrer a um pedido de suplementação orçamentária junto ao governo do Estado, no que fomos atendidos e que nos permitirá equacionar a situação dos atrasos.
MARCOS MENDONÇA, presidente da Fundação Padre Anchieta (São Paulo, SP)
Fertilização
A legislação de planejamento familiar diz que para o exercício desse direito devem ser oferecidos todos os métodos e técnicas de concepção e contracepção, cientificamente aceitos e que não coloquem em risco a vida e a saúde das pessoas, garantida a liberdade de opção. Já a lei nº 11.935/09, ao alterar o artigo 36-C da lei nº 9.656/88, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, obriga cobertura nos casos de planejamento familiar. Só a Agência Nacional de Saúde Suplementar não sabe o que é planejamento familiar e que a lei de 2009 revoga lei anterior que seja com ela incompatível?
NEWTON BUSSO, ginecologista e presidente da Comissão Nacional Especializada em Reprodução Humana da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, e Nelson Antunes Jr., ginecologista, presidente da Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva (São Paulo, SP)