Painel do Leitor
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Petrobras
A reportagem "Mantega quis esconder perda da Petrobras" ("Mercado", 8/5) é reveladora e nos permite ter uma boa ideia da índole desse senhor petista e dos seus princípios "éticos e de transparência" no trato da coisa pública. Não por acaso, a Petrobras, que foi o orgulho da nação, foi mergulhada na malandragem.
Paulo Ribeiro de Carvalho Jr. (São Paulo, SP)
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A Folha, que leio há décadas, vem me decepcionando de forma crescente. A manchete que diz que Mantega "tentou esconder cálculo de perda na Petrobras que julgou impreciso" ("Primeira Página", 8/5) é totalmente desmentida no texto. As perdas de R$ 88 bilhões aventadas viraram R$ 45 bilhões conforme balanço auditado, dando total razão ao ex-ministro, que temia uma reação ruim das agências de "rating".
Antonio Camargo (São Paulo, SP)
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Guido Mantega foi dos mais duradouros ministros brasileiros e no governo Dilma atuou livremente. Nosso dia a dia reflete sua atuação: um plano de austeridade que impõe sacrifícios a todos. Não surpreende sua opção pela ocultação da real perda da Petrobras quando as "pedaladas" serviram ao mesmo fim no plano macro. Ao optar por esse modelo de gestão entende-se que o ônus imposto à empresa era questão de menor importância para ele. Foi corresponsável pela situação em que a empresa se encontra e aparenta não sentir remorso.
Sergio Holl Lara (Indaiatuba, SP)
Joaquim Levy
Muito interessante o artigo que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, escreveu para a Folha enaltecendo as virtudes e principalmente a liderança do general Marshall durante a Segunda Guerra Mundial ("O exemplo do general Marshall", Tendências/Debates, 8/5). Só gostaria de saber se esse líder no Brasil seria ele ou a presidente Dilma.
André Pedreschi Aluisi (Rio Claro, SP)
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Pelo título e expressões saídas da pena do ministro Joaquim Levy, vê-se claramente que não estamos bem: general, treinar, soldados e Exército de cidadãos! Com um ministro que usa metáforas de guerra e o PT votando contra os trabalhadores, tenho desconfiado até do chão em que piso.
Luiz Carlos Montans Braga (Varginha, MG)
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Impossível, ao ler o artigo de Joaquim Levy, não perceber um toque de ironia a respeito de sua própria chefe. Imagine-se a presidente Dilma adotando tais padrões de competência e bom senso ao compor seu ministério e estes ao escolherem seus colaboradores. Entraríamos num círculo virtuoso. Ao se trocar um ministro ao sabor das conveniências políticas, aborta-se qualquer expectativa de eficiência e boas práticas administrativas, bem como causa-se o desânimo de toda a cadeia do funcionalismo.
Ostilio dos Santos (São Paulo, SP)
Dengue
Sobre o artigo "Calafrios" ("Opinião", 8/5), de Marta Suplicy, há um mês a senadora pediu avaliação sobre dengue em audiência com registro do Senado. Falei sobre clima e falta de água em São Paulo e fui claro: é um elemento, mas não explica sozinho. Falei sobre o plano feito com 22 Estados e os R$ 150 milhões a mais. Disse que não cabe culpar Estado, prefeitura, ministério, tampouco cidadão. É preciso que todos trabalhem juntos para evitar mortes. Disse que não há vacina a curto prazo; e o pedido do Butantan terá prioridade. Existem muitas formas de combater a dengue, e o governo atua para que se efetivem, mas desinformar, como faz a senadora, não é uma delas.
Arthur Chioro, ministro da Saúde (Brasília, DF)
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As observações de Isaias Raw (Painel do Leitor, 8/5) merecem reportagem para pressionar a Anvisa. Sugiro que o Ministério Público se manifeste, pois o presidente da Fundação Butantan nos alerta sobre o problema de saúde mais grave dos últimos anos.
Nilton Nazar (São Paulo, SP)
Segurança pública
Sobre "Promessa eleitoral contra crime em SP emperra, e Alckmin recorre à PM" ("Cotidiano", 8/5), a implantação do Detecta não está "emperrada", mas em ritmo acelerado de implantação. Em reposta enviada à Folha em 6/5, uma tabela mostrava todos os 163.072.891 registros de dados já integrados ao Detecta, dos quais constam os da Polícia Civil, os das concessionárias de rodovias, os do Detran e os da Polícia Militar. A maior parte dessas informações foi omitida. Se fossem consideradas, a Folha não afirmaria que o governo recorreu à PM para viabilizar o sistema por meio do Projeto Radar, que é um dos instrumentos integrados ao Detecta.
Lucas Tavares, diretor-executivo de comunicação e imprensa da Secretaria da Segurança Pública (São Paulo, SP)
RESPOSTA DOS JORNALISTAS CATIA SEABRA, REYNALDO TUROLLO JR. E ROGÉRIO PAGNAN - Em setembro de 2014, este mesmo missivista afirmou, em nota, que o sistema estaria operando até o final daquele ano, o que ainda não aconteceu. Como mostrou a reportagem, o Detecta segue sem funcionar com as funções prometidas nas eleições.
Direitos trabalhistas
A regulamentação dos direitos trabalhistas dos domésticos precisa definir com mais clareza, o que é "justa causa" ("Demissão por justa causa de domésticos pode crescer", "Mercado", 8/5). Muitas situações vão ocorrer e necessitam de definição clara.
Carlos Alberto Melo F. Santos (Belo Horizonte, MG)
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Como sempre, interessante e inteligente o artigo de Hélio Schwartsman ("Complicando o simples", "Opinião", 6/5). Entretanto, o autor esqueceu-se de que sobre o valor do salário mínimo de R$ 788 são descontados 8% de INSS. Portanto o trabalhador recebe apenas 92% do salário mínimo.
José Victor da Silva (Balneário Camboriú, SC)
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