Painel do Leitor
A seção recebe mensagens por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900). A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
-
Maioridade penal
Meu filho foi vítima de assalto, roubo e sequestro por dois jovens. Não há necessidade de dimensionar a participação de jovens nos crimes. Não importa se um jovem assassino pertença a um universo de cem ou mil delinquentes. Importa que destroçou vidas e famílias. É obrigação do Estado a retirada da sociedade desses jovens que sabem muito bem o que fazem. Pagamos impostos para isso. Sou a favor da redução da maioridade penal.
Ana Rosa Bellodi (Jaboticabal, SP)
-
Sobre a reportagem "Brasil revê maioridade penal sem ter mapa da criminalidade juvenil" ("Cotidiano", 7/6), mais uma vez estranho que ninguém pergunte o que o Estado tem feito por adolescentes e crianças carentes e suas famílias pobres e destroçadas. Ah, se todas as pessoas que se dizem religiosas, diplomadas e bem formadas, e até integrantes de academia de letras, não apenas lessem e assistissem à televisão, mas, também, aprendessem a pensar ponderada e socialmente, e menos egoisticamente...
Bismael B. Moraes, advogado e mestre em direito processual penal (Guarulhos, SP)
-
Ferreira Gullar foi de uma precisão cirúrgica ao interpretar o anseio do cidadão comum ("Faca na garganta", "Ilustrada", 7/6). Desejamos que quem cometa crimes pague por eles, independentemente da idade que tenha. Seja o infrator um adolescente com uma faca ou um vovô corrupto.
Maria de Fátima Dias de Sousa Brito (Belo Horizonte, MG)
Roberto Jefferson
Tenho opinião totalmente contrária ao de Ademar G. Feiteiro (Painel do Leitor, 7/6), que criticou a Folha por reproduzir declarações de Roberto Jefferson ("PT impôs ao Brasil o padrão Fifa da corrupção", "Poder" 6/6). Sem as denúncias do ex-deputado, a situação estaria muito pior.
Luiz A. Gastaldi, economista (São Paulo, SP)
-
Parabéns ao advogado Ademar G. Feiteiro. O senhor Roberto Jefferson deveria ter vergonha de dar entrevistas, e a Folha, ocupar-se com pessoas e assuntos mais importantes.
Alfredo Palácio (São Bernardo do Campo, SP)
Mistura de classes
O poder público não deve se intimidar ante a reação discriminatória e mesquinha de moradores da Vila Leopoldina contra projeto de moradia popular na região ("Moradores temem 'mistura de classes' com prédio popular", "Cotidiano", 7/6). A medida visa integrar famílias carentes em área bem servida de saúde, educação e lazer.
Jairo Edward De Luca (São Paulo, SP)
Delfim Netto
Lamentável a entrevista com Delfim Netto ("Dilma precisa voltar a comandar a agenda do país", "Mercado", 7/6). Ele foi ministro da nefanda ditadura militar. Seu prestígio na USP colaborou para que a ditadura se arrastasse por mais tempo do que o suportável. Posa agora como democrata e saudoso de Lula. Opina sobre economia, que é sua área, e democracia, que não é.
Moisés Spiguel (São Paulo, SP)
Jornal enxuto
Embora concorde em parte com a ombudsman ("Os desafios do jornal enxuto", "Poder", 7/6), não é sem satisfação que vejo a Folha enfrentando dificuldades para se ajustar à crise que tão diligentemente ajudou a fabricar. Às vezes, o feitiço efetivamente se vira contra o feiticeiro.
Celso Balloti (São Paulo, SP)
-
Ufa, até que enfim a ombudsman expôs o que pensa --tenho certeza-- a maioria dos assinantes. Gosto do jornal físico, é o meu prazer matinal, não me apetece ser escrava da internet. Acho que está na hora de cancelar assinatura que possuo há muitos, muitos anos e trocar de jornal.
Antoninha Henriques Linares (São Paulo, SP)
Cartunistas
Gostaria de entender por que não consta o nome de nenhum cartunista na lista de "formadores de opinião" na propaganda da Folha (7/6). Angeli, Laerte, Benett, Jean, eu"... Nenhum de nós produz opinião para o jornal? Nem mesmo Angeli e Laerte merecem espaço? Eles que estão no jornal há mais tempo que 90% daqueles nomes. Fiquei muito triste. Significaria um bocado ler meu nome e dos meus colegas ali. "Eu estive aqui, com esses caras, nesse período", mas não. Parece que apenas desenhamos bonecos narigudos.
João Montanaro (São Paulo, SP)
Desigualdade
Uma lei deveria ser criada para as grandes propriedades agrícolas reservarem uma porcentagem de sua produção para as famílias carentes da região. A situação mostrada na reportagem "Terra de contrastes" ("Mercado", 7/6) é, no mínimo, revoltante.
Lilian Kotujansky Forte (São Paulo, SP)
-
Limítrofes, uma área produz 12 mil toneladas de milho por safra, e, em outra, famílias plantam mandioca para comer e vender o que sobra. Que país é esse?
Edilson Virgílio da Cruz (Bastos, SP)
Transporte urbano
A reportagem "1 ano após a Copa, 35 obras não estão prontas" ("Mercado", 7/6) é uma prova irrefutável da falta de planejamento no país. O aeroporto de Fortaleza e o VLT de Cuiabá foram contratados sem projeto, graças ao RDC (Regime Diferenciado de Contratações), que permite licitações só com anteprojetos. O texto serve de alerta ao Senado, onde tramita projeto da nova lei de licitações, generalizando o uso do RDC para todo tipo de obra pública. Um Brasil ético exige projeto.
Haroldo Pinheiro, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) (Brasília, DF)
BNDES
Em relação ao artigo de Luciano Coutinho "BNDES transparente" (Tendências/Debates, 7/6), ao repudiar a pecha de "caixa-preta", o presidente do BNDES só não consegue explicar a coincidência de que alguns dos maiores beneficiários de financiamentos com dinheiro público a juros baixos, concedidos pelo banco, são os grandes colaboradores de campanhas eleitorais dos partidos e de candidatos do governo.
Jorge Eluf Neto, presidente da Comissão de Controle Social dos Gastos Públicos da OAB/SP (São Paulo, SP)
-