Defesa de empresário promete boas práticas em troca de libertação
Vice-presidente da Mendes Júnior diz que não doará mais a políticos e não integrará carteis
A defesa de Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da construtora Mendes Júnior, solicitou à Justiça Federal a liberdade provisória do seu cliente em troca de compromissos como não doar a partidos políticos e não participar de cartéis em licitações.
No requerimento apresentado pelo advogado Marcelo Leonardo nesta sexta (21), as medidas cautelares com as quais Mendes se compromete incluem também "não manter contato com quaisquer dos dirigentes investigados" e de "fornecer, por meio da Mendes Júnior, livros e documentos contáveis solicitados pela Polícia Federal".
"Nós apenas fizemos um pedido para substituir a prisão preventiva por medidas cautelares. Fica a critério da Justiça decidir ou estabelecer outras condições", disse Leonardo, após visitar seu cliente na PF em Curitiba.
A defesa argumenta que Mendes se apresentou à PF, tem família constituída e está colaborando com as investigações ""citou até que o executivo forneceu espontaneamente a senha de um cofre localizado em seu quarto.
Na terça, Leonardo relatou que Mendes havia admitido, em depoimento, que a Mendes Jr. pagou uma propina de R$ 8,03 milhões a Youssef, mas alegou que a empresa foi coagida pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
O dinheiro foi depositado, segundo transcrição do depoimento, a empresas de Youssef. Para justificar os pagamentos, foram feitos "contratos simulados tão somente para fazer frente".