Doleiro depõe pela última vez no acordo de delação
Foram cem horas de gravação, afirma a PF
O doleiro Alberto Youssef prestou, nesta terça (25), seu último depoimento sob o acordo de delação premiada no marco da Operação Lava Jato, sobre fraudes em licitações da Petrobras. A sessão durou quase 6 horas.
Desde setembro, seus depoimentos acumularam cerca de cem horas de gravações. Ele está preso desde 17 de março na PF em Curitiba.
A expectativa da defesa é que o delator, responsável por repasses de propinas, receba pena em regime aberto. "Pela efetividade da colaboração, ele faz jus a um prêmio", disse o advogado de Youssef, Antônio Figueiredo Basto.
O efeito não é imediato. A delação precisa ser homologado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o que pode levar algumas semanas. Depois, as informações precisam ser corroboradas por outras provas para que os termos do acordo sejam cumpridos.
Basto espera suspender o andamento de ações da Lava Jato para Youssef -especialmente as mais antigas, como as que envolvem a empresa Labogen e a MO Consultoria.
Em 2004 Youssef fez seu primeiro acordo de delação, sobre o Banestado, mas rompeu o acordo.