Cúpula em apuros
Quem são e o que pesa contra os ex-executivos da estatal implicados no caso
Nestor Cerveró
Ex-diretor da área Internacional (2003-2008), está preso desde o dia 14
Acusação
Corrupção e lavagem de dinheiro, por suspeita de negociar contratos mediante pagamento de propina
Ligação com PMDB
Em depoimento, disse que mantinha "certa relação de amizade" com Fernando Soares, lobista suspeito de arrecadar e distribuir propina para o PMDB
Pasadena
Em 2006, negociou a compra dos 50% iniciais da refinaria. A transação resultou em prejuízo de US$ 792 milhões à Petrobras, segundo o TCU
Paulo R. Costa
Ex-diretor de Abas-tecimento (2004-2012), em prisão domiciliar após acordo de delação
Acusação
Recebimento de propina do esquema. À PF admitiu ter recebido R$ 23 milhões da Odebrecht em conta na Suíça
Ligação com PP
É suspeito de negociar o pagamento de propina em contratos da área de Abastecimento e de intermediar repasses a políticos do PP
Doleiro
Costa passou a ser investigado pela PF após ganhar um carro de luxo de Alberto Youssef, apontado como um dos principais operadores do esquema na estatal
Renato Duque
Ex-diretor de Enge-nharia e Serviços (2003-2012), pre-so em novembro e solto em dezembro
Suspeitas
Dois executivos ligados à Toyo Setal afirmaram terem negociado diretamente com ele o pagamento de R$ 50 milhões a R$ 60 milhões em propina
Ligação com PT
Segundo a Polícia Federal, Duque negociava e recebia propina de fornecedores da Petrobras para repassá-la a políticos do partido. Em depoimento, Costa e o executivo da Toyo Setal Augusto Ribeiro de Mendonça Neto apontaram Duque como o principal operador do PT no esquema de desvios na estatal
Pedro Barusco
Ex-gerente-execu-tivo da Petrobras, era tido como braço direito de Renato Duque
Suspeitas
É apontado pelo TCU como um dos responsáveis por um prejuízo de US$ 177 milhões à Petrobras por ter defendido, a partir de 2005, reajuste em favor de firmas contratadas para construir as plataformas P-52 e P-54. Um dos braços do Grupo Setal foi beneficiado
Acordo judicial
Barusco fechou acordo de delação premiada com procuradores da Operação Lava Jato no qual se comprometeu a devolver US$ 97 milhões recebidos em propina e depositados em contas no exterior