Operador diz que repassou propinas a ex-diretor
R$ 2,1 mi foram pagos a Duque e Barusco, afirma
O empresário Shinko Nakandakari, um dos delatores na Operação Lava Jato, afirmou ao Ministério Público Federal que pagou R$ 2,1 milhões em propinas a "Nobre" e a "Amigão", como se referia, respectivamente, ao ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato de Souza Duque e ao ex-gerente da área Pedro Barusco.
Ao menos parte dos valores foram repassados em espécie e pessoalmente, segundo ele. Os pagamentos foram feitos entre setembro de 2008 e agosto de 2010, disse.
Nakandakari afirmou ter intermediado a obtenção de contratos na petroleira para a Galvão Engenharia. Um deles, no valor de US$ 12 bilhões, diz respeito ao aluguel e à operação de três navios-sonda para a perfuração de óleo e gás no pré-sal.
Ele admitiu ter recebido R$ 900 mil pela intermediação.
A Galvão Engenharia afirmou, em nota, que Nakandakari jamais foi funcionário da empresa e que os pagamentos a que ele se refere foram resultado de extorsão praticada por parte dos funcionários da Petrobras.