Roedores soltos no plenário causam tumulto em sessão
Enquanto o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, entrava na sala da CPI escoltado por mais de dez deputados correligionários para demonstrar força, um servidor da Casa causou tumulto, correrias e criou uma cena inusitada ao abrir uma caixa e soltar cinco pequenos roedores: dois hamsters e três esquilos da mongólia.
Os animais circularam assustados ao lado das cadeiras ocupadas pelos petistas --alguns chegaram aos pés do deputado Zeca Dirceu (PT-PR). Algumas deputadas e servidores gritaram e os seguranças passaram a recolher com a mão os animais. O primeiro a identificar os roedores como esquilos da mongólia e hamsters foi o deputado Ricardo Izar (PSD-SP).
Os agentes da Polícia Legislativa imobilizaram o funcionário Márcio Martins Oliveira, identificado como sendo o responsável por liberar os roedores, e o levaram para prestar depoimento.
Ele era assessor comissionado da segunda vice-presidência da Câmara, comandada pelo deputado Giacobo (PR-PR). Contratado por indicação política, ele estava na função de assistente de gabinete e recebia R$ 2.315.
Antes de ocupar este cargo, Oliveira foi secretário parlamentar do deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP). Ambos negaram responsabilidade sobre o episódio.
Minutos após o episódio, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), exonerou Oliveira. Em depoimento, o assessor negou envolvimento com o caso e disse que foi alvo de um equívoco.