Políticos lamentam morte de jurista gaúcho
Dilma diz que país perde 'um grande brasileiro'; Cardozo destaca legado de antecessor
A presidente Dilma Rousseff lamentou, em nota oficial, a morte do jurista gaúcho Paulo Brossard.
Ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Brossard morreu na manhã deste domingo (12), em Porto Alegre, aos 90 anos.
Dilma classificou o jurista como um "homem de fortes convicções democráticas" e afirmou que o país "perde um grande brasileiro".
Brossard teve destacada carreira política e foi líder do MDB durante a ditadura, além de candidato a vice-presidente nas eleições de 1978.
O vice-presidente, Michel Temer, esteve no velório, realizado na tarde deste domingo no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho.
Também foram ao local o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil), que é gaúcho, o ex-senador Pedro Simon, e o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB).
Sartori decretou luto oficial de três dias no Estado.
Em sua conta no Twitter, o governador lamentou a morte do ex-ministro do STF, a quem chamou de "um dos maiores juristas do Brasil" e "ferrenho opositor da ditadura militar". No velório, ainda disse que "o Brasil deve muito a Paulo Brossard".
Também no Twitter, o senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que a morte do conterrâneo configura uma "perda inestimável" para a política.
O Ministério da Justiça emitiu nota oficial de pesar pela morte de Brossard.
Antes de ser nomeado ministro do STF, o gaúcho chefiou a pasta por três anos, entre 1986 e 1989, durante a presidência de José Sarney.
O texto, assinado pelo ministro José Eduardo Cardozo, diz que Brossard teve "contribuição relevante" na luta pela redemocratização, lembra que ele ocupou a presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) durante o plebiscito de 1993, em que foi escolhida a forma de governo, e destaca que o gaúcho deixa um "legado como homem público, político, jurista, ministro do STF e advogado".
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Marcus Vinicius Furtado Coêlho, declarou que "o Brasil perde um homem de visão", referência para o Estado de Direito.
Também em nota oficial, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que Brossard "dedicou seu conhecimento e seu espírito público à luta pela redemocratização do Brasil".