Para oposição, caso implica PT em escândalo
Parlamentares da oposição avaliaram que a prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, é a comprovação da relação do PT com o esquema de corrupção na Petrobras.
Presidente do PSDB, Aécio Neves (MG) disse que a prisão de Vaccari é o "mais triste retrato" de um partido que comete "crimes sucessivos" para se manter no poder.
"O Brasil é protagonista de uma cena inédita da história. O responsável pelas finanças do partido que governa o Brasil está preso com sucessivas acusações", disse o tucano.
José Agripino Maia (RN), presidente do DEM, afirmou que o encarceramento do tesoureiro representa a "prisão preventiva do próprio PT".
Por sua vez, o líder do DEM, senador Ronaldo Caiado (GO), afirmou que Vaccari deveria fechar acordo de delação premiada para revelar detalhes do esquema, sem preservar membros do PT.
IMPEACHMENT
Cinco partidos de oposição decidiram nesta quarta-feira (15) agir de forma conjunta em relação a um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
PSDB, DEM, PPS, PV e SD aguardam um estudo jurídico encomendado pelos tucanos para decidir se vão ingressar ou não com pedido de impeachment na Câmara. O documento deve ficar pronto na próxima terça-feira (21).
Os oposicionistas decidiram unir forças para evitar o enfraquecimento do pedido, caso optem por esse caminho.
Ainda nesta quarta os presidentes das siglas de oposição reuniram-se com representantes de grupos que têm ido às ruas contra Dilma.
Eles entregaram aos oposicionistas a "Carta do Povo Brasileiro", que cobra dos congressistas posicionamento sobre o impeachment, entre outras demandas.
"Até a rua pode se organizar, por que a oposição não pode?", criticou Rogério Chequer, do Vem Pra Rua.
Aécio tentou argumentar, mas foi obrigado a se posicionar de forma objetiva. "É sim ou não, senador?", questionaram os manifestantes.
Em sua última fala aos manifestantes, Aécio disse que dava um "sonoro sim" à pauta de reivindicações.
(GABRIELA GUERREIRO, RANIER BRAGON E MARIANA HAUBERT)