Pimentel vê ameaças às garantias da Constituição
Ele criticou 'abuso' de prisões temporárias
Alvo na Operação Acrônimo, da Polícia Federal, o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), disse nesta terça (30) que o país vive um período de "clara ameaça" às garantias individuais previstas na Constituição.
Ele afirmou que confia na Justiça e que está convicto de que tudo será esclarecido, mas que se preocupa com o que chamou de "uso abusivo" de prisões temporárias e mandados de busca e apreensão.
"Vejo com muita preocupação esse clima de acirramento, a utilização abusiva de instrumentos que, segundo a lei, são de exceção", disse, ao participar de encontro com governadores no Rio.
A Acrônimo suspeita de desvios de recursos para campanhas do PT. A PF encontrou indícios de que a campanha de Pimentel, em 2014, ocultou da Justiça Eleitoral pagamentos à Gráfica Brasil, do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené.
Um dos alvos dos mandados de busca foi um imóvel onde funcionava o escritório de Pimentel na campanha.
Perguntado se estendia suas queixas ao juiz federal Sergio Moro, da Lava Jato, Pimentel disse que fazia suas críticas de "maneira geral".