Outro lado
Secretário afirma que obra aguarda aprovação de novo plano de trabalho
O secretário da Cultura de São Bernardo do Campo (SP), Osvaldo de Oliveira Neto, afirma que a paralisação da obra do Museu do Trabalho e dos Trabalhadores não se deve à falta de dinheiro no caixa.
Segundo ele, a última parcela paga pelo Ministério da Cultura, de R$ 3,5 milhões, ainda não foi usada.
"Por ser um projeto complexo, fizemos uma alteração no plano de trabalho da obra solicitando um aditivo financeiro. É essa alteração que está sendo avaliada pelo MinC e, por isso, não podemos mexer em nada até sua aprovação. Quando isso acontecer, retomaremos as obras em 15 dias", afirmou o secretário.
O valor do aditamento, solicitado em outubro passado, é de R$ 4,5 milhões, sendo R$ 3,5 milhões provenientes da União e R$ 900 mil da Prefeitura de São Bernardo.
Questionado sobre a paralisação, o MinC informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o pedido de aditivo "pode ser considerado motivo pelo qual a obra teve de ser paralisada".
MELHORIAS
De acordo com o ministério, a Prefeitura de São Bernardo afirmou que o pedido seria para melhorar "estrutura predial, instalações hidráulicas e elétricas, esquadrias em geral, tratamentos especiais, entre outros itens".
A pasta também informou que o pedido é objeto de diligências que deverão ser concluídas em breve.
Sobre o fato de a obra do museu ser alvo de inquérito do Ministério Público Federal, o secretário da Cultura informou que o departamento jurídico da prefeitura está fornecendo todos os documentos solicitados pelo órgão.
O Ministério da Cultura afirmou ainda que o Ministério Público "apenas solicitou cópia dos autos" e que não tem "nenhuma informação sobre qualquer tipo de investigação em andamento".
A reportagem não conseguiu localizar Elvio José Marussi, proprietário da Construções e Incorporações CEI, ou outro representante da empresa até a conclusão desta edição. (BELA MEGALE E ALEXANDRE ARAGÃO)