Petrobras
Após polêmicas e contrato de R$ 1 mi, Kroll desiste de trabalhar para CPI
DE BRASÍLIA - Alvo de polêmicas e questionamentos, a empresa de investigação Kroll afirmou, por meio de nota nesta quinta (13), que não vai mais atuar para a CPI da Petrobras.
Ela havia sido contratada por cerca de R$ 1 milhão para buscar contas no exterior de investigados no esquema de corrupção na Petrobras. Entre abril e junho, fez um levantamento preliminar de bens ligados a 12 pessoas escolhidas pela CPI, cujos nomes só foram revelados nesta quinta –sendo nove deles delatores.
Os deputados avaliavam firmar um segundo contrato para aprofundar o trabalho. O recuo da Kroll significou gasto à toa, já que o levantamento preliminar de nada serve à CPI.
Um dos alvos da Kroll foi o lobista Julio Faerman, que disse ter pago propina de US$ 5 milhões ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Foram investigados ainda a viúva do ex-deputado José Janene, Stael Janene, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e outras nove pessoas.
A Kroll tentava descobrir se os delatores omitiram da Justiça informações sobre recursos no exterior, o que poderia invalidar seus depoimentos –e, por consequência, aliviar a situação de políticos delatados.