Ex-vereador preso continuou a atuar na política após sair do PT
Alexandre Romano é apontado como intermediário de propinas
Apontado como operador e preso nesta quinta (13), o ex-vereador de Americana (SP) Alexandre Corrêa de Oliveira Romano, o Chambinho, deixou o PT em 2005, mas continuou a atuar na política. Ele intermediou, segundo o Ministério Público, o repasse de R$ 57 milhões em propina.
Chambinho entrou na vida pública pelas mãos do ex-deputado Antonio Mentor. "Era um garoto inteligente, mas depois do mandato não quis mais saber de política e investiu na iniciativa privada", diz.
Segundo petistas, o ex-vereador tem bom trânsito no partido. "Cheguei a vê-lo várias vezes circulando pelo diretório nacional", diz um ex-secretário de São Paulo.
Os Romano são influentes na política de Americana desde os anos 1950. O pai de Alexandre, João Baptista de Oliveira (1925-98), elegeu-se vereador em 1959 e, em 1964, prefeito. Pelo lado materno, Chambinho tem ligações com personagens da política do interior paulista do século 19.
Aos 24 anos, em 2000, ele foi eleito o mais jovem vereador de Americana. Na época, foi também o mais votado.
Sócio de empresas de vários ramos, Chambinho é advogado e já representou políticos. Um de seus sócios, na Helipetro Táxi Aéreo, é o bicampeão de Fórmula 1 Emerson Fittipaldi. Procurado, o ex-piloto diz que a empresa nunca emitiu notas fiscais. O advogado de Chambinho não foi encontrado nesta quinta.