Questionário
Petrobras quer saber se dirigentes de fornecedores são parentes de políticos
DO RIO - A Petrobras quer saber se dirigentes de seus fornecedores têm parentesco com "políticos, agentes públicos ou empregados da estatal".
A pergunta faz parte de questionário enviado às empresas que hoje estão impedidas de participar de novas licitações por envolvimento em contratos investigados pela Operação Lava Jato. Ele é parte de um programa que pode acelerar o retorno de empreiteiras ao cadastro de fornecedores da estatal.
Batizado de Due Dilligence de Integridade, o programa foi anunciado pelo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, no final de julho, com a justificativa de que pode reduzir os riscos de fraude.
A companhia estatal não informou, porém, se a existência de parentesco entre os dirigentes e políticos ou empregados da estatal é fator determinante na avaliação das empresas.
A lista negra da Petrobras tem hoje 24 fornecedores investigados por suspeita de corrupção para a obtenção de contratos com a estatal.
Neste ano, foram retirados da lista o grupo Setal, que fez acordo de leniência com o Ministério Público Federal, e a TKK Engenharia, pelo arquivamento de processo na Controladoria-Geral da União.
No questionário, há também perguntas sobre a existência de código de ética e conduta e programas de controle interno.