Grupos fazem atos em apoio à presidente e contra ajuste
Em SP, estimativa foi de 8.000 participantes
Movimentos sociais pró-governo protestaram neste sábado (3) em São Paulo contra os pedidos de impeachment de Dilma Rousseff, mas também contra o ajuste fiscal promovido pela presidente.
Encabeçado por CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST (Movimento dos Sem Terra) e UNE, o ato reuniu cerca de 50 entidades e teve como principais alvos figuras do PSDB, como o senador Aécio Neves, e do PMDB, como os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros.
A passeata começou por volta das 14h na avenida Paulista e acabou na praça da Sé.
Os movimentos evitaram críticas diretas a Dilma, mas acusaram seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de agir a favor dos banqueiros.
Segundo eles, o pacote de medidas de ajuste fiscal apresentado por Levy, que inclui cortes na área social e adiamento de reajuste salarial, onera apenas os mais pobres.
Outra pauta do ato foi a "defesa da Petrobras", que estaria "sob ataques da direita e das multinacionais".
"Não foi o capital privado que investiu para descobrir o pré-sal", gritou ao microfone Cibele Vieira, do SindPetro, dos trabalhadores da indústria petrolífera.
Os organizadores estimam que 8 mil pessoas participaram do ato. A Polícia Militar não divulgou estimativa.
Houve mobilizações do gênero em outras nove capitais.