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Em Palmas, colombiano pode ser o 1º estrangeiro a governar capital

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Empresário dono de shopping salta de 1% para 47% nas pesquisas

CECÍLIA SANTOS

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PALMAS

Até pouco tempo tratado como zebra na disputa pela Prefeitura de Palmas, um colombiano de 51 anos é o novo fenômeno eleitoral do Norte do país e pode se tornar o primeiro estrangeiro a governar uma capital brasileira.

Com um patrimônio de R$ 18 milhões (é o quarto candidato mais rico do país), Carlos Amastha (PP) passou de 1% para 47% nas pesquisas e deixou para trás rivais apoiados pelo governador do Estado e pelo prefeito da cidade.

É a primeira eleição de Amastha. Dono do maior shopping do Estado, em campanha ele procura minimizar a imagem de milionário: dança, distribui beijos e não abre mão da camisa xadrez.

"Este sou eu. Nasci no Caribe, sou musical. Os marqueteiros me aconselham a fazer isso ou aquilo, eu digo não."

Sempre num sotaque carregado, usa seus discursos para falar de empreendedorismo. "Sou um empresário de esquerda", diz à Folha. Em outro momento defende o "luxo de ter uma Ferrari". "Tenho culpa de ter acumulado um patrimônio?"

Amastha nasceu em Barranquilla. Estudou em colégios católicos e abandonou o curso de engenharia de produção no terceiro ano. Aos 22 anos veio para o Brasil.

Naturalizado brasileiro, Amastha chegou ao Tocantins em 1999. Em 2007, construiu um shopping em Palmas e hoje é diretor-presidente do grupo Skipton, que atua na incorporação de shoppings e tecnologia de informação em toda a América Latina.

O professor de política José Manoel Miranda, da Universidade Federal do Tocantins, diz que o "fenômeno Amastha" pode estar ligado à rejeição do eleitorado a grupos políticos tradicionais.

Para ele, há desgaste dos padrinhos políticos dos rivais do colombiano -o governador Siqueira Campos (PSDB) apoia Marcelo Lelis (PV), e o prefeito Raul Filho (PT) defende Luana Ribeiro (PR). Governador e prefeito são suspeitos de ligação com o empresário Carlinhos Cachoeira.


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