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André Singer

O desafio de Haddad

Talvez fosse necessário criar uma polarização com o neomalufismo de Celso Russomanno

Estabilizado no patamar de 30% das intenções de voto há mais de um mês, ninguém acredita que Celso Russomanno (PRB) fique fora da rodada final pela Prefeitura de São Paulo.

A pergunta que eletrizará os próximos 15 dias é sobre quem vai disputar com ele o segundo turno.

José Serra (PSDB), surfando sobre uma fatia estável dos sufrágios da classe média, mas com dificuldade para alargar a base entre os de menor renda, tem pouco a fazer.

Para Fernando Haddad (PT), entretanto, cada minuto disponível é crucial, pois precisa convencer o morador da periferia que Russomanno, apesar de pertencer à base de Dilma Rousseff, não representa o projeto lulista.

Há indícios de que, não obstante manter a simpatia petista, uma parte desses eleitores se inclina hoje pelo postulante do PRB.

No extremo leste de São Paulo, tradicional reduto de Marta Suplicy, por exemplo, o xerife possui 46% das intenções de voto.

É isso que explica o fato de 32% dos votantes em Russomanno acharem ótimo ou bom ter um prefeito do PT e o de que 30% dos que preferem o PT estejam propensos a sufragar seu nome.

DIFERENÇAS

Para tal parcela, as profundas diferenças entre Haddad e Russomanno parecem não estar claras.

A estratégia comunicativa de Haddad, adotada a partir do último fim de semana, vai no sentido de mostrar que o adversário é vazio, sem propostas.

As críticas são compatíveis com o caráter populista da candidatura que lidera as pesquisas e, também, com a seriedade do programa lançado por Haddad em agosto.

Talvez, contudo, fosse necessário ir mais longe, criando uma verdadeira polarização com o neomalufismo do patrulheiro do consumidor, de modo a mostrar aos mais necessitados o risco de haver um novo Pitta na Prefeitura de São Paulo.

Mas, para isso, as fotos no jardim de Maluf não ajudam em nada.


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