Outro Lado
Planos afirmam estimular o parto normal
Segundo Karla Coelho, gerente de Assistência à Saúde da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), usuárias de plano de saúde não deveriam ter que recorrer ao SUS para fazer parto normal.
"Sabemos que as mulheres estão com dificuldades de ter um parto normal na saúde suplementar. O ideal é que busquem o profissional que faça esse parto. Se a operadora não indicar os médicos, poderá ser multada", afirma.
Ela afirma ainda que a ANS está buscando novos modelos de atendimento às gestantes para melhorar as taxas de cesarianas e que a entidade quer trazer as experiências exitosas da rede pública.
Em notas, as operadoras citadas afirmaram ter como diretriz iniciativas que estimulem o parto normal. Como forma de incentivo, a Amil disse que adota políticas de remuneração que estimulam os médicos a realizar parto normal, além de dar orientações sobre esse tipo de parto.
A Marítima disse que apoia as políticas públicas que visam incentivar a realização de mais parto normais, mas que não compete à seguradora a decisão sobre realização de parto normal ou cesário. Sobre a "taxa de disponibilidade obstétrica", a empresa disse que essa cobrança não faz parte da cobertura do seguro.
Coelho afirma que a cobrança dessa taxa é ilegal e deve ser denunciada. "A cliente já paga o plano, e taxa nem é uma garantia de que ela terá parto normal."
Segundo a Unimed-Rio, nenhum plano da rede faz restrição ao parto normal.