Dados financeiros e confidenciais correm riscos
Com o lançamento do relógio inteligente Apple Watch, da Apple, em abril, a tendência de usarmos objetos com internet deve ganhar força. Hoje, já há pulseiras que acompanham o desempenho nos exercícios e mandam dados para a rede e até marca-passos que estão conectados.
E, como mostrou um hacker, em 2012, até esses acessórios de coração são vulneráveis e poderiam ser usados para matar o usuário. "Se um dispositivo tem poder computacional e está conectado à internet, é um alvo em potencial", afirma Kevin Epstein, vice-presidente da empresa de cybersegurança Proofpoint.
Segundo Cláudio Neiva, diretor de pesquisa do instituto Gartner, os consumidores têm o risco de ter suas transações financeiras comprometidas quando o dispositivo oferece um serviço que exige pagamentos contínuos.
"Muitos equipamentos também estão ligados a serviços de computação em nuvem, sendo necessário construir uma rede de proteção. A confidencialidade dos acessos e a integridade dos dados devem ser conservados se a empresa deseja manter a credibilidade", explica Neiva.
E essa confidencialidade parece ser importante para o consumidor: estudo da empresa de pesquisa NPD Group indicou que, entre possíveis compradores de pulseiras de ginástica, a funcionalidade menos desejada era compartilhar o desempenho físico nas redes sociais (apenas 6% disseram estar interessados).