Sem marquinha
Após desistirem de tornar praia de São Sebastião naturista, paulistas agora tentam 'investir' em Peruíbe
São Paulo, o Estado mais populoso do país, ainda não tem uma porção oficial de litoral em que se possa circular nu. E deve continuar assim por mais um tempo.
A luta para oficializar a prática na praia Brava, em São Sebastião, litoral norte, já foi abandonada pela Federação Brasileira de Naturismo.
"Não queremos praias para criar caso, e lá houve um mal-estar, principalmente com os surfistas. Então, não estamos mais correndo atrás dela", afiram Renata Freire, futura presidente do órgão.
Procurada, a Secretaria de Turismo de São Sebastião disse que aguarda eventuais trâmites oficiais para ouvir a comunidade, mas ressaltou que a prefeitura não vê a Brava como ponto de naturismo --e não estimula a prática.
Segundo Renata, alguns grupos de naturistas de São Paulo miram, no momento, a praia da Desertinha, em Peruíbe (SP). Quem vai lá no fim de semana pode até encontrar alguém pelado. "Mas por lá, até onde sabemos, nenhum frequentador está em desacordo com o naturismo."
Não é preciso, porém, ir à praia para ficar pelado em público: a federação tem, entre seus filiados, campings, pousadas e clubes em 12 Estados.