Kew Gardens
Hiperagitada, Londres esconde paraíso nos Jardins de Kew
Não há biólogo que não tenha ouvido falar dos Jardins Botânicos de Kew. E não há leigo que não aproveite a visita a seus 121 hectares, onde estão mais de 30 mil espécies.
Para quem gosta de plantas, é passeio para mais de um dia (para os não fanáticos de qualquer idade, não poderia haver local mais agradável para um piquenique e uma caminhada --com eventuais atrações musicais).
A melhor época para visitar é a primavera do hemisfério norte (março a maio). Como nem tudo floresce ao mesmo tempo, avisos indicam as áreas mais floridas no dia.
No outono, o arboreto que cobre a maior parte do parque exibe o colorido seco típico de florestas temperadas.
Criado no século 18 como um jardim da realeza e transformado em instituição de pesquisa em 1840, Kew possui duas estufas gigantes em estilo vitoriano abrigando plantas de clima tropical.
A mais velha, Palm House, tem 110 metros de comprimento e 20 metros de altura. A maior, Temperate House, tem quase o dobro do volume, mas fechou em 2013 para ser restaurada até 2018.
Há ainda uma grande estufa de alta tecnologia que emula diferentes ecossistemas tropicais, do semiárido ao pantanoso. Estufas menores guardam apenas bonsais, só vegetais aquáticos ou apenas plantas de clima alpino.
A variedade de ambientes fechados (há dois museus botânicos, um palácio e outra dezena de prédios) faz com que mesmo sob chuva o passeio se torne interessante.
Mas os melhores são os dias abertos, quando se tem uma vista panorâmica dos jardins no alto do pagode chinês de 50 metros ao sul do parque ou da passarela de 18 metros que permeia as copas das árvores no arboreto.
Os £12,50 (R$ 63) da entrada assustam. Quem encará-los, porém, trará de Londres a lembrança única de um paraíso em uma das metrópoles mais vivas do planeta.