Elétrico chinês estreia no Brasil em 2015
Fundada em 1995, a chinesa BYD (sigla para "Build Your Dreams", "construa seus sonhos") tem como principal operação a fabricação de baterias para diversos usos. A marca, que estreou no ramo automotivo em 2003, chegará ao Brasil em 2015.
Inicialmente, a empresa venderá por aqui o monovolume e6, com foco o mercado de taxistas e frotistas. A BYD cobrará R$ 1 pelo veículo, mas o motorista terá de pagar uma taxa mensal.
Essa "prestação" equivale ao que um taxista que roda 200 km por dia gasta mensalmente com gasolina. Ou seja, algo por volta de R$ 2.000. Com base nos impostos atuais, o carro custaria R$ 200 mil.
Segundo a BYD, a bateria do e6 dura entre 30 e 40 anos e permite rodar até 300 km. O veículo virá com um transformador que, quando adaptado à uma rede de 220v, permite fazer uma recarga completa em duas horas.
De acordo com a marca, o custo por quilômetro rodado do e6 é de R$ 0,04, contra valores entre R$ 0,19 e R$ 0,30 dos carros a combustão.
A BYD constrói uma fábrica em Campinas (a 93 quilômetros de São Paulo), que iniciará sua produção em 2015. A marca planeja construir ônibus elétricos, painéis solares e baterias. Inicialmente, o elétrico e6 será vendido por aqui como importado.
Em um teste promovido pela ABVE (Associação Brasileira de Veículo Elétrico), foi possível dar uma volta com o e6. Em movimento, só os pneus fazem barulho. O BYD acelera bem até 100 km/h, graças ao torque instantâneo gerado pelo motor de 122 cv.
A carroceria inclina pouco em curvas. As baterias, alocadas na porção central do assoalho, ajudam a baixar o centro de gravidade, mas influem diretamente no peso total: 2.380 kg.
"Nos concentramos na autonomia em detrimento de desempenho. Utilizamos baterias mais pesadas, mas que podem fazer o carro rodar por uma distância maior", afirma Adalberto Maluf Filho, diretor de marketing e relações governamentais da empresa chinesa.
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TOYOTA PRIUS
Ao estacionar o Prius na garagem, o condutor sai do carro com a sensação de que poderia ter andado mais na opção elétrica. Fruto de uma geração anterior de veículos híbridos, o Prius é ainda mais limitado que os modelos atuais quando é preciso rodar usando apenas eletricidade. Enquanto o Audi e-tron se mantém nesse modo por até 50 kme chega à velocidade máxima de 130 km/h, o Toyota roda apenas 5 km sem acionar o motor a combustão.
Para atingir os 50 km/h de sem queimar gasolina, é preciso tratar o acelerador com delicadeza. Mas o Prius cumpre seu papel, alcançado médias de 15,7 km/l (cidade) e 14,3 km/l (estrada), segundo o programa de etiquetagem veicular do Inmetro. É silencioso, confortável e pouco emocionante, como um Corolla.