Viagem do descobrimento
Honda HR-V encara 1.032 km de chuva, poeira e também boas estradas de Brasília a São Paulo
Em Brasília, 10h40. É a hora de colocar o Honda HR-V na estrada, rumo à São Paulo. Nuvens carregadas e tempo abafado antecipam o que virá pela frente.
A versão escolhida é a EXL, topo da linha. Chama a atenção pelo que oferece, e também pelo que faz falta.
Os bancos de couro estão lá, acompanhados de um eficiente GPS com tela sensível ao toque. Há também ar-condicionado digital, freio de mão elétrico e controles de estabilidade. Mas faltam itens simples como retrovisor interno fotocrômico (que reduz o ofuscamento) e sensor de luminosidade. Um carro que custa R$ 88,7 mil poderia se dar ao luxo de oferecer mais.
Após ajustar banco e volante, é hora de ligar o motor 1.8 (140 cv), acionar o câmbio CVT e pegar a estrada.
A ideia é seguir sem parar até Catalão (GO), mas o trânsito bom --apesar da chuva-- motiva a andar mais.
Silencioso e estável como um hatch médio, o utilitário compacto começa a mostrar que está mais perto do Civic que do Fit. Bancos e painel lembram que seu irmão de plataforma é o modelo menor, mas o comportamento remete ao sedã.
BARRAS DE ENERGIA
Após 430 km, é preciso reabastecer. As duas últimas barras digitais do marcador de combustível ainda estão acesas, mas o computador de bordo indica autonomia de 60 quilômetros. O número começa a cair rapidamente, embora o ritmo de viagem seja mantido. Fica a lição: não se pode confiar demais no que diz o mostrador.
O pequeno posto em Uberlândia (MG) surge como um oásis na BR-050. A viagem continua com mais 20 litros de gasolina, que se mistura com o restolho de etanol que havia no tanque.