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Aderbal Freire-Filho estreia como apresentador na TV Brasil
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DE SÃO PAULO
Aderbal Freire-Filho, 71, diz não ter televisão em casa.
Mas, há dois meses, o diretor teatral mergulhou de cabeça nesse universo, quando começou a gravar o programa "Arte do Artista", que estreia depois de amanhã, às 23h, na TV Brasil.
A atração é apenas uma das novidades que a emissora pública passa exibir a partir de hoje, a poucos meses de completar cinco anos de existência (veja as outras estreias no quadro abaixo).
Freire-Filho chega para preencher o espaço dedicado à arte, vago desde a morte do ator Sérgio Britto (1923-2011).
"Haviam me procurado para substituí-lo enquanto ele estava doente. Sérgio ficou bastante feliz quando soube da indicação, mas acabou não rolando. Ele morreu, passou algum tempo e me convidaram de novo, agora para ser o titular", afirma.
Aderbal, primeiramente, recusou o convite.
"Mas, depois, pensei: estou numa fase da vida de fazer balanços. Queria ter escrito mais, atuado mais, feito mais cinema. Não podia recusar trabalhar na TV, algo que ainda não havia experimentado", explica.
ESTRUTURA
Uma das condições que impôs para sua estreia televisiva era fugir do formato entrevista. "Até faço entrevistas, mas não queria ficar preso a isso. Por tratar de artes, tive essa liberdade. Aproveitei a minha vontade de escrever mais para fazer dramaturgia", conta.
Inspirado nas transmissões radiofônicas de George Orwell (1903-1950), Aderbal inseriu pequenas e fantásticas histórias no roteiro de "Arte do Artista", mas sem a obrigatoriedade de ser uma estrutura fixa.
Numa dessas ficções, gravou uma conversa entre Gerald Thomas e o dramaturgo Samuel Beckett (1906-1988), que estaria vivo, morando escondido em Copacabana, reclamando da sua velhice.
"Gerald tenta acalmá-lo, dizendo que ele não está sozinho, que [Oscar] Niemeyer tem 104 anos", diverte-se.
Em outra esquete, o crítico de cinema Amir Labaki é eleito presidente do Brasil no futuro. "E finalmente o país será dominado pelas artes."
"Arte do Artista" inclui elementos dos cenários de espetáculos montados por Freire em sua cenografia. "Tem até uma banheira, mas não tem sacanagem, eu juro", ri o apresentador.
Outro objeto inusitado é a Máquina de Pensar/te, inspirada na máquina de pensar criada pelo catalão Ramon Llull, no século 14, da qual ele tira livros, CDs ou DVDs.
O fato de a TV Brasil ser um canal público lhe concede mais liberdade criativa? "Não sei como seria numa TV aberta, mas aqui estou conseguindo fazer e achando um barato", finaliza.
Abram as cortinas, Aderbal Freire-Filho vai passar. (ALBERTO PEREIRA JR.)
Diogo Shiraiwa/Editoria de Arte/Folhapress | ||
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