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Funcionários da GM em São José dos Campos ameaçam parar no sábado
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DE SÃO PAULO
Os funcionários da fábrica da General Motors em São José dos Campos, em São Paulo, podem entrar em greve a partir de sábado (14).
A montadora recebeu na tarde de terça-feira o aviso de greve do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, que representa os empregados da unidade.
O documento, aprovado em assembleia na manhã desta quarta, notifica a ameaça de paralisação a partir das próximas 48 horas.
Segundo a companhia, não haverá nova negociação com o sindicato até o dia 26 de julho, quando está agendada uma reunião.
O sindicato protesta contra as ameaças de desativação de uma das linhas da fábrica da GM e a consequente demissão de funcionários.
A montadora produziu hoje a última unidade do modelo Zafira na fábrica de São José dos Campos.
Segundo o sindicato, os demais automóveis produzidos nesta linha de produção --Meriva, Classic e Corsa-- também serão descontinuados, o que provocaria cerca de 1.500 demissões. A GM nega.
"Estamos fazendo uma análise de mercado para ver se é possível estender a produção destes modelos e vamos apresentar ao sindicato no final do mês", diz Luiz Moan, diretor de assuntos institucionais da GM.
"Por enquanto, esses modelos continuam a ser produzidos por prazo indeterminado."
A fábrica de São José dos Campos também produz a picape S10 e motores.
PARALISAÇÃO POR 2H
Os funcionários da fábrica atrasaram a produção em duas horas na manhã de hoje e protocolaram aviso de estado de greve --em que há ameaça de parar.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que lidera o movimento, disse que a paralisação integra uma série de manifestações já organizadas nas últimas semanas em protesto às ameaças da empresa de fechar uma das linhas de produção da fábrica e de demitir 20% funcionários da unidade --1.500 dos 7.500 empregados.
A ação ocorreu das 5h50 às 7h50. Às 10h, lideranças do sindicato se reuniram com representantes da empresa e da Secretaria de Relações do Trabalho, em São Paulo, mas o encontro terminou sem acordo.
QUEDA E AUMENTO NAS VENDAS
As vendas de automóveis da GM, segundo dados mais recentes da Anfavea (associação nacional dos fabricantes), acumulam queda de 6,8% de janeiro a maio, comparado a mesmo período em 2011.
Considerando as vendas de maio sobre abril, no entanto, já impulsionadas pela redução de IPI concedida pelo governo em 21 de maio, houve alta de 37,6%. Foi a maior alta entre as 12 montadoras do país monitoradas pela associação, entre elas Fiat, Volkswagen e Ford.
Na média nacional, as vendas de maio sobre abril tiveram aumento de 11,1%.
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