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Presidente do BC dos EUA defende instituição de críticas à política monetária
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DA REUTERS
O presidente do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA), Ben Bernanke, defendeu nesta sexta-feira o programa de compra de ativos do banco central norte-americano das críticas de outros líderes globais, dizendo que é "essencial" para a estabilidade mundial que a economia dos Estados Unidos recupere sua força.
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Bernanke sugeriu que a adoção das medidas impulsionará o dólar, cuja fraqueza tem provocado reclamações de Bogotá a Pequim.
A decisão do BC dos EUA de comprar mais US$ 600 bilhões em títulos da dívida do governo vem provocando duros comentários de um grupo de nações para o qual a medida está gerando instabilidade ao valorizar suas moedas contra o dólar, além de inflar bolhas de ativos e alimentar inflação em suas economias.
"Com todo o respeito, a política dos EUA é sem sentido", disse em Berlim o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble.
Respondendo a questões de estudantes, Bernanke destacou que a política do Fed com o objetivo de impulsionar a fraca recuperação norte-americana vai ser benéfica para todo o mundo.
"Acho que é importante enfatizar... que uma economia dos EUA forte, uma economia em recuperação é essencial, não só para os norte-americanos mas também é primordial para a retomada global."
A política de afrouxamento monetário do Fed, confirmada na quarta-feira por meio do anúncio de um novo plano de compra de Treasuries para injetar dinheiro na economia, tem causado irritação, principalmente nos mercados emergentes. A postura do BC dos EUA deve ser um ponto de discórdia no encontro entre líderes do G20 (o grupo das 20 maiores economias do mundo) na próxima semana em Seul.
O ministro de Finanças da África do Sul, Pravin Gordhan, afirmou que a política do Fed "mina o espírito de cooperação multilateral" que o G20 busca. O dinheiro vai encontrar seu caminho nos mercados financeiros de nações emergentes, com impacto potencialmente devastador nas exportações desses países, alertou.
Bernanke disse que os formuladores de política monetária estão completamente cientes da importância do dólar na economia global como moeda de reserva. A divisa norte-americana tem recuando forte e continuou ladeira abaixo após a decisão do Fed nesta semana por uma nova rodada de "quantitative easing" (estímulos à economia americana).
"Melhores fundamentos para o dólar virão quando a economia estiver crescendo forte", afirmou Bernanke. "É daí que os fundamentos vêm."
Ele disse ainda que a forte alta nos preços das commodities é uma exceção em meio aos custos contidos de outros produtos e que isso não deve causar um problema sério.
Bernanke afirmou que há uma ampla ociosidade na economia dos EUA que evitará que produtores possam repassar integralmente os custos mais elevados das matérias-primas nos produtos finais adquiridos pelos consumidores.
Ele acrescentou que, uma vez que as pressões inflacionárias se tornem visíveis, o Fed estará pronto para modificar a atual acomodação na política monetária para frear a inflação. O juro básico no país está perto de zero há quase dois anos.
Para Bernanke, as expectativas de inflação continuam bem baixas. Ele acrescentou que o Fed está comprometido em mantê-las nesse caminho, demonstrando confiança que a autoridade monetária possui as ferramentas para assim fazê-lo.
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