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Vencedores do Nobel pedem que Reino Unido dialogue com a Argentina
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DA EFE, EM BUENOS AIRES
Um grupo de seis vencedores do Prêmio Nobel da Paz iniciaram uma campanha internacional para reivindicar ao Reino Unido que aceite dialogar com a Argentina pela soberania das Ilhas Malvinas, anunciou nesta terça-feira em Buenos Aires um deles, o argentino Adolfo Pérez Esquivel.
Além de Esquivel (1980), a irlandesa Mairead Corrigan (1976), o sul-africano Desmond Tutu (1984), a guatemalteca Rigoberta Menchú (1992), a americana Jody Williams (1997) e a iraniana Shirin Ebadi (2003) reivindicaram em carta ao primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, que revise a posição "de não dialogar neste tema".
A campanha, da qual também participam escritores e dirigentes sociais, é lançada às vésperas do 30º aniversário do início da guerra que Argentina e Reino Unido disputaram pela soberania do arquipélago do Atlântico sul.
"O descumprimento por parte do Reino Unido das resoluções das Nações Unidas, a falta de vontade para dialogar com um país democrático e com vocação de paz e a instalação e manutenção de uma base militar nas Malvinas põem em sério risco a paz e a convivência nesta parte do mundo", assinala a carta dos vencedores do Nobel.
O documento adverte ainda para o "constante reforço e a realização de manobras militares aeronavais" nas ilhas, um assunto denunciado pelo governo argentino perante as Nações Unidas.
"Nas Malvinas há 1,5 mil soldados da Otan e uma base militar. Deveria ser uma zona desmilitarizada", destacou Esquivel durante uma entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros em um hotel de Buenos Aires.
DIÁLOGO
Os criadores da iniciativa, da qual também participa o escritor uruguaio Eduardo Galeano, solicitam que o Reino Unido cumpra as resoluções da ONU para dialogar com a Argentina e lembram "que na atualidade a região latino-americana e o Caribe constituem um território de paz e prosperidade".
"Esta chamada ao diálogo e à negociação também foi realizada por distintas instâncias da comunidade internacional, organismos internacionais regionais e organismos multilaterais", sustentam.
Esquivel explicou que a campanha envolverá ações em diferentes países e esclareceu que não se trata de uma campanha "contra a Grã-Bretanha", mas para "derrubar os muros da intolerância" e "abrir um espaço de diálogo".
No próximo dia 2 de abril se completam 30 anos do início da Guerra das Malvinas, que terminou em 14 de junho de 1982 com 900 mortos em ambos lados e com a rendição das tropas argentinas que invadiram as ilhas.
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