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Violência matou 325 no Iraque em julho, maior número em dois anos
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DA FRANCE PRESSE, EM BAGDÁ
O governo do Iraque revelou nesta quarta-feira que o país viveu o mês com maior número de mortes nos últimos dois anos. Pelo menos 325 óbitos e 697 feridos foram registrados em ataques através do país, com o aumento das tensões políticas e religiosas.
No total, 241 civis, 40 policiais e 44 soldados morreram no Iraque durante julho, enquanto 480 civis, 122 policiais e 95 soldados ficaram feridos, segundo dados compilados dos ministérios da Saúde, do Interior e da Defesa. O número é o maior desde agosto de 2010, mês em que morreram 426 e 838 ficaram feridos.
Os principais motivos considerados pelos especialistas em segurança para a escalada da violência estão a instabilidade política no Iraque, devido aos pedidos da prisão do vice-presidente sunita Tariq al Hashimi, em dezembro, provocando o aumento das mortes de xiitas provocadas pela violência sectária.
Além disso, o país ainda sofre com os conflitos com os curdos e a influência dos confrontos na vizinha Síria, que aumentaram após 16 meses de enfrentamentos.
"Por esta escalada da violência, há razões políticas, de segurança e estratégicas. O conflito sírio criou um espaço para a organização Al Qaeda, que pode se deslocar do Iraque para a Síria, explicou Ali al Haidari, especialista iraquiano em segurança e estratégia.
"As divergências políticas no Iraque têm um impacto negativo sobre a segurança e a economia, em um fundo de falta de confiança entre os associados políticos e de ausência de consenso sobre as opções políticas em termos de segurança", destacou Haidari.
ATENTADOS
Durante os 31 dias de julho, foram realizados 27 atentados. Os mais sangrentos aconteceram em 23 de julho, quando 29 ataques atingiram 19 cidades iraquianas, matando 113 pessoas e deixando 259 feridos. Foi a série de ataques mais mortíferos desde 8 de dezembro de 2009, quando morreram 127 pessoas.
O aumento da violência no Iraque coincidiu com a retirada das tropas americanas, em dezembro de 2011, após oito anos de ocupação e em meio à crise política no país.
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