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EUA dizem não ter informações de americano detido na Venezuela
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DA EFE, EM WASHINGTON
Os Estados Unidos afirmaram nesta segunda-feira que continuam sem receber nenhuma notificação sobre a suposta detenção na Venezuela de um ex-fuzileiro americano e pediram ao governo de Hugo Chávez que garanta acesso consular ao detido o mais rápido possível.
A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, assegurou a jornalistas que os EUA ainda não foram informados sobre a suposta detenção do americano, apesar de Chávez ter pedido na sexta-feira que seu chanceler, Nicolás Maduro, notificasse os americanos sobre o assunto.
"Vimos os relatórios do governo da Venezuela, mas não fomos notificados formalmente por eles sobre a detenção deste suposto cidadão americano", disse Nuland em sua entrevista coletiva diária.
Um porta-voz do Departamento de Estado, que pediu anonimato, já tinha declarado na sexta-feira que os EUA não estavam cientes da detenção do indivíduo, que segundo Chávez tinha "aparência de mercenário" e tentava entrar ilegalmente no país pela fronteira com a Colômbia.
SUPOSTO AMERICANO
Nuland reiterou que o governo de Barack Obama "não viu o indivíduo" nem "sabe de ninguém que possa encaixar-se nessa categoria".
"Portanto nossa mensagem aos venezuelanos é que, se realmente detiveram um cidadão americano, a Venezuela deve agora cumprir suas obrigações sob a Convenção de Viena, notificar-nos e permitir acesso", acrescentou.
Chávez relatou na sexta-feira que o cidadão, do qual não revelou o nome, confessou ter servido como fuzileiro dos Estados Unidos e segue sem colaborar nas investigações policiais.
Acrescentou que o passaporte do detido registra sua passagem pelo Iraque em 2006, múltiplas entradas no Afeganistão desde 2004, na Jordânia em 2007, assim como visitas ao Reino Unidos, Alemanha, República Dominicana e Colômbia.
"É absolutamente certo, não estamos inventando nada. Agora, além destes eventos, não provamos mais nada, mas nos chama a atenção que faltando poucas semanas para as eleições venezuelanas ocorra isto", e por isso "estamos alertas", comentou Chávez.
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