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Modelo americano de eleição afasta campanha presidencial dos eleitores
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DA REUTERS
A eleição presidencial deste ano pode estar entre as mais acirradas da história americana, com o atual presidente Barack Obama e o rival republicano Mitt Romney em empate virtual nas pesquisas eleitorais, mas, para um número crescente de eleitores, não será bem uma disputa.
Cerca de 22% da população vive nos nove Estados politicamente divididos que devem determinar o resultado da eleição presidencial de terça-feira --e, por isso, vêm sendo o foco das campanhas e das propagandas dos candidatos.
A concentração é um reflexo de como os americanos elegem seu presidente --não por voto popular, mas colégios eleitorais. O vencedor de cada Estado costuma ser premiado com os votos eleitorais de todo o Estado, e 270 votos eleitorais são necessários para chegar à Casa Branca.
Nas últimas quatro décadas, as eleições presidenciais se desenrolam em um campo de batalha cada vez menor, com os partidos políticos se tornando mais ideologicamente unificados e os americanos se mudando cada vez mais para comunidades onde seus vizinhos compartilham dos mesmos pontos de vista, dizem analistas.
Por conta disso, a maioria dos Estados --seja particularmente amigável a um candidato ou não-- pode ser descartada antes mesmo de a campanha eleitoral começar.
NOVE ESTADOS
Com os Estados do Sul e da planície firmemente alinhados ao Partido Republicano e o Nordeste e a Costa Oeste solidamente apoiadores do Partido Democrata, desde 2000 as eleições se centram em alguns poucos Estados que, por um motivo ou outro, continuam politicamente diversificados.
Neste ano, Obama e Romney centraram a maior parte de sua campanha publicitária em nove Estados: Nevada (6 votos eleitorais), Colorado (9), Iowa (6), Wisconsin (10), Ohio (18), New Hampshire (4), Virginia (13), Carolina do Norte (15) e Flórida (29).
Romney fez uma oferta tardia para a Pensilvânia e seus 20 votos eleitorais, mas as pesquisas ali mostram Obama com uma liderança consistente.
CONCORRÊNCIA
Disputas presidenciais competitivas nos anos 60 e 70 envolviam Estados que concentravam mais da metade da população americana. Desde 2000, a corrida presidencial vem sendo disputada em Estados onde moram apenas um quarto dos eleitores.
Analistas políticos dizem que o escopo geográfico estreito da campanha presidencial não é um sintoma apenas da polarização crescente --também é um motivo de essa distância continuar aumentando. Essa dinâmica encoraja os candidatos presidenciais a ignorarem grandes partes do país e dificulta para o vencedor da eleição governar de forma eficaz.
"A política agora não é sobre questões, é mais uma afiliação tribal", disse Bill Bishop, que investigou a crescente polarização geográfica do país no seu livro de 2008 "The Big Sort".
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