Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
05/12/2012 - 15h17

Conflito sírio leva ONU a ampliar força de paz nas Colinas de Golã

Publicidade

DA REUTERS

Forças da ONU (Organização das Nações Unidas) baseadas na Síria para monitorar um cessar-fogo entre o país e Israel vão trazer reforços armados para ampliar a segurança na região, segundo o chefe da missão de paz da organização.

A força da ONU foi deslocada para lá em 1973 depois da Guerra do Iom Kipur, quando a Síria falhou em recuperar as Colinas de Golã, conquistadas por Israel anos antes na Guerra dos Seis Dias (1967) e anexadas ao Estado judeu em um movimento nunca reconhecido internacionalmente.

Falando de Paris, o chefe das missões de paz da ONU, Herve Ladsous, disse a jornalistas que diversos países que contribuem para a Força das Nações Unidas de Observação do Desengajamento (UNDOF, na sigla em inglês) se mostraram preocupados depois que soldados foram atingidos na última quinta-feira (29) em uma área de Damasco onde tropas governamentais e rebeldes têm se enfrentado.

"Nós vamos reforçar a segurança, especialmente com veículos blindados e planejamos enviar mais conselheiros políticos para analisar a situação em terra", disse Ladsous.

Ele disse que não há planos de diminuir o efetivo, mas a a situação na região mudou "abruptamente" a dinâmica da região enquanto os confrontos vão ficando progressivamente mais violentos.

"A situação na Síria disparou uma crescente insegurança que teve suas consequências acentuadas pela presença de grupos armados pertencentes à oposição síria nas áreas de separação", disse.

Balas perdidas do conflito interno na síria caíram no lado controlado por Israel das Colinas de Golã nas últimas semanas e tropas israelenses dispararam morteiros em direção à Síria como resposta.

Ladsous disse que a Força de Observação, que tem 1.050 soldados da Áustria, das Filipinas, da Índia, do Japão, da Croácia e do Canadá, não têm poderes específicos para lidar com a crescente violência.

Cerca de 800 soldados das tropas de paz da ONU patrulham o lado Sírio da linha de cessar-fogo na região.

Sua missão é supervisionar os 400 quilômetros quadrados da "área de separação", onde forças militares sírias não podem chegar, mas onde seguranças, policiais, oficiais aduaneiros e caçadores podem portar armas.

O conflito entre rebeldes e partidários do ditador Bashar Assad começaram em março de 2011 e já deixaram 40 mil mortos segundo ativistas da região. A ONU estima em 30 mil o número de mortos na região desde a deflagração dos confrontos.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página