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China não protegerá responsáveis por afundamento de navio sul-coreano
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DA EFE, EM SEUL
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, afirmou hoje (28), em Seul, que Pequim "não protegerá os responsáveis" pelo afundamento da corveta sul-coreana Cheonan, em março. A Coreia do Sul acusa a Coreia do Norte pela ação.
Wen, que manteve hoje um longo encontro com o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, disse também que a China, principal aliado de Pyongyang, decidirá sua posição sobre o caso "com justiça" e respeitando a investigação feita por diversos países que culpa o regime comunista norte-coreano, segundo a agência Yonhap.
Até o momento, Pequim tinha pedido moderação, calma e diálogo na península coreana e tinha se limitado a considerar o assunto "altamente complicado".
Wen afirmou que o governo chinês ainda deve decidir se considera boas as conclusões da investigação de especialistas de cinco países sobre o fato, que deixou 46 mortos, mas ressaltou que "respeita" seu relatório e as respostas de cada país ao incidente.
A China "decidirá sua posição julgando de forma objetiva e justa o que é correto" no caso do Cheonan, disse Wen.
As declarações de Wen foram feitas durante uma visita a Seul, antes da cúpula que manterá neste fim de semana com o presidente Lee e o primeiro-ministro do Japão, Yukio Hatoyama, na ilha sul-coreana de Jeju.
Conflito
O governo sul-coreano anunciou nesta quinta-feira que vai levar esse tema ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) na busca de possíveis novas sanções contra o regime comunista já na próxima semana.
Após a condução de exercícios militares sul-coreanos e o anúncio do cancelamento de pactos militares norte-coreanos que preveniam conflito militar, a tensão aumenta na península coreana com o aumento de troca de ameaças e deterioração das relações entre os dois países.
Em reação, o comandante do Exército americano na Coreia do Sul, o general Walter Sharp, criticou Pyongyang pelo naufrágio da corveta Cheonan, que matou 46 marinheiros sul-coreanos e disparou a crise, dizendo aos norte-coreanos que interrompam suas ações agressivas.
A agência de notícias sul-coreana Yonhap diz que Seul vai defender o projeto de sanções no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), ainda na próxima semana. Os EUA já endossaram o pedido.
Analistas veem o cancelamento de acordos de navegação e de prevenção de conflitos militares como uma reação drástica do regime comunista de Pyongyang à crise.
Mais cedo o país cancelou uma linha de comunicação que impedia que navios colidissem, dando a localização de embarcações norte-coreanas e sul-coreanas. Após o cancelamento, o governo do Norte deixou claro que qualquer entrada irregular de navios sul-coreanos em seu espaço marítimo seria retaliada com "ataques imediatos".
A marinha sul-coreana informou que os exercícios militares envolveram 10 embarcações de guerra, incluindo um destróier de 3.500 toneladas. Os navios dispararam fogo e bombas antissubmarinos.
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