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Países tentam impedir fracasso de conferência nuclear
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DA EFE, EM NOVA YORK
As delegações dos 189 países signatários do Tratado de Não-Proliferação (TNP) intensificaram hoje (28) suas negociações para terminar no prazo previsto a conferência de revisão do tratado, que acontece em Nova York.
O principal obstáculo são as diferenças entre alguns países ocidentais e as delegações árabes sobre a criação de uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio à qual os países do TNP já tinham se comprometido em uma resolução em 1995 e que nunca foi implantada, disseram fontes diplomáticas.
Além disso, acrescentaram que os países conseguiram um amplo consenso sobre a possibilidade de convocar uma conferência regional sobre este assunto em breve, mas as divergências residem no mesmo assunto.
Alguns países querem dar maior relevância às ambições nucleares do Irã, enquanto o grupo de nações árabes, com o respaldo do Movimento dos Não-Alinhados, buscam pôr em evidência o suposto arsenal de Israel, cuja existência nunca foi confirmada nem desmentida pelo Estado judeu.
Israel não é signatário do TNP, como também não são as potências nucleares declaradas como o Paquistão e a Índia. A Coreia do Norte abandonou o TNP em 2003.
Conclusões
O presidente da conferência, o filipino Libran Cabactulan, entregou uma minuta de compromisso de 28 páginas aos 189 signatários do TNP. Na reta final da conferência, que deve ser encerrada hoje, o documento é negociado intensamente para evitar o fracasso da edição anterior do fórum, em 2005.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu na quinta-feira (27) aos países que se esforcem para avançar nos três pilares do tratado, que são o desarmamento das potências nucleares, a não-proliferação e o uso civil da energia nuclear.
"É o momento de ser pragmáticos e pactuar soluções que sirvam aos interesses de toda a comunidade de nações", acrescentou em carta às delegações o responsável sul-coreano das Nações Unidas, que se encontra hoje no Brasil no fórum da Aliança de Civilizações.
Os países signatários do TNP, que entrou em vigor em 1970, se comprometem a usar seu potencial nuclear só com fins pacíficos, enquanto garante que as cinco potências atômicas oficiais (EUA, Grã-Bretanha, França, China e Rússia) reduzirão de forma gradual seus arsenais nucleares até eliminá-los.
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