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02/06/2010 - 13h03

ONU confirma vínculos entre paramilitares e políticos na Colômbia

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DA FRANCE PRESSE, EM GENEBRA

A relatora especial da ONU para a independência de juízes e advogados, a brasileira Gabriela Carina Knaul de Albuquerque e Silva, confirmou os vínculos entre paramilitares e políticos na Colômbia, em um informe ao Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre uma missão nesse país, apresentado nesta quarta-feira na Suíça.

"Durante os últimos anos apareceram novos atores armados ilegais. Nesse sentido, foram estabelecidos vínculos entre dirigentes de grupos paramilitares e políticos, incluindo membros do Congresso", afirmou a relatora, que visitou a Colômbia no mês passado.

A brasileira citou o processo de 93 parlamentares e 22 sentenças emitidas pela Suprema Corte de Justiça, enumerando, além disso, sumários contra 13 deputados, 12 governadores, 166 prefeitos e 58 vereadores.

Precisou que esse era o resultado dos casos investigados sobre a chamada "parapolítica, relativos a possíveis conexões de chefes de organizações paramilitares com membros do Congresso e governo.

Sobre a extradição para os Estados Unidos por tráfico de entorpecentes de 18 membros dessas organizações, a relatora estimou que isso impediu que eles testemunhassem sobre esses crimes contra a humanidade e sobre suas relações com políticos colombianos.

"Apesar de a situação ter melhorado desde 2004, os assassinatos continuam. Percebe-se que há uma dificuldade de investigação dos crimes", concluiu a relatora.

Para Marcelo Pollack, da Anistia Internacional (AI), "as alianças entre grupos ilegais e políticos e empresários é provavelmente a ameaça mais séria para o Estado de Direito na Colômbia".

 

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