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Tony Blair pede a Israel que levante bloqueio a Gaza
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DA REUTERS
O enviado do chamado Quarteto para o Oriente Médio (EUA, Rússia, ONU e União Europeia), Tony Blair, pediu nesta quarta-feira que Israel encerre o embargo à faixa de Gaza, dizendo que ele é "contraproducente".
"O que [Israel] deveria estar fazendo é permitir [a entrada] de materiais para reconstruir casas e sistemas de saneamento, energia e água e permitir que os negócios floresçam", disse o ex-premiê britânico (1997-2007) à agência de notícias Reuters.
Segundo ele, o embargo não está ajudando Israel a recuperar um soldado mantido refém pelo movimento islâmico Hamas, que controla a faixa de Gaza, desde 2006. "Nem nós, de fato, causamos danos à posição do Hamas por prejudicar pessoas em Gaza."
"A população é prejudicada quando a qualidade do serviço é ruim e as pessoas não podem trabalhar", afirmou Blair.
Na terça-feira, o Egito decidiu abrir a passagem que liga Gaza ao país, fechada desde a chegada ao poder do Hamas, em 2007. Sobre o assunto, ele disse: "Eles reconhecem a causa humana de fazer um maior uso da passagem de Rafah".
As Nações Unidos afirma que o bloqueio à Gaza levou a uma crise humanitária para os 1,5 milhão de palestinos que vivem na região. Mas o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, insistiu nesta quarta-feira que o embargo é necessário para impedir que o Hamas tenha acesso a armas.
O governo israelense nega que exista uma crise em Gaza, dizendo que é permitida a entrada de alimentos e suprimentos médicos enquanto produtos que podem ser usados pelo Hamas para ataques contra Israel --como concreto e aço- são proibidos.
Mas o país foi fortemente condenado após a morte, na última segunda-feira, de nove pessoas a bordo de um navio turco que tentava furar o bloqueio e entregar suprimentos aos palestinos.
Netanyahu
Em pronunciamento transmitido pela TV nesta quarta-feira, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, acusou os críticos internacionais de "hipocrisia" e defendeu o ataque israelense a um comboio de navios turcos levando ajuda humanitária para Gaza, que deixou nove mortos na última segunda-feira (31).
Ele reiterou se tratar de uma "ação terrorista" e disse que o bloqueio à faixa de Gaza continua valendo, alegando que suspender o embargo tornaria o local uma base iraniana de mísseis que ameaçariam tanto Israel quanto a Europa.
Jim Hollander/Efe | ||
Premiê israelense faz pronunciamento de seu gabinete, acusando comunidade internacional de "hipocrisia" |
"Israel está enfrentando um ataque de hipocrisia internacional", disse Netanyahu em um comunicado gravado em seu gabinete. Ele disse que a flotilha estava tentando furar o bloqueio, e não levar ajuda a Gaza.
"Se o bloqueio tivesse sido furado, teria sido seguido por dezenas, centenas de barcos", disse. "Cada barco poderia carregar dezenas de mísseis."
Ele afirmou que o Hamas --grupo radical islâmico que tomou o controle da faixa de Gaza em 2007, levando ao bloqueio por parte de Israel-- "continua se armando e que o Irã continua transferindo armas ao Hamas, especialmente foguetes e mísseis".
"Não era um cruzeiro de amor, era um cruzeiro de ódio. Não era uma operação pacífica, era uma operação terrorista."
As declarações foram feitas horas depois de os ativistas pró-palestinos detidos nos navios terem sido mandados para o aeroporto de Ben-Gurion, perto de Tel Aviv, para serem deportados.
Israel recebeu duras críticas internacionais condenando o ataque à flotilha de seis navios em águas internacionais na segunda-feira, que levaram a confrontos e deixaram nove ativistas mortos e dezenas de feridos. Os cerca de 700 ativistas --incluindo 400 turcos-- tentavam furar o bloqueio naval que Israel e Egito impusearam à faixa de Gaza há três anos.
O Parlamento turco pediu ao governo nesta quarta-feira para rever todas as relações com Israel, enquanto o país se prepara para receber de volta os ativistas que foram detidos em Israel.
Gaza está sob bloqueio de Israel e do Egito desde que o grupo militante islâmico Hamas tomou o poder, em 2007. Israel recusa acusações de que o local esteja passando por uma crise humanitária e alega permitir a entrada de comida, remédios e suprimentos o suficente no território.
Ataque de 2ª feira
Na madrugada de segunda-feira (31), cerca de 700 ativistas tentaram furar o bloqueio imposto por Israel a Gaza para levar cerca de 10 mil toneladas de ajuda humanitária quando foram atacados por militares israelenses em águas internacionais. Pelo menos dez ativistas foram mortos na operação.
O Conselho de Segurança da ONU emitiu uma declaração condenando o que chamou de atos que resultaram na perda de vidas durante o ataque israelense a frota de navios.
O governo de Israel disse que as tropas israelenses agiram em defesa própria no episódio, depois de serem atacadas.
Por meio de uma nota, divulgada pelo governo israelense, o ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, disse que as pessoas a bordo do navio invadido não estavam em missão de paz e são terroristas.
Entenda a ação dos israelenses:
Arte/Folha | ||
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