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04/06/2010 - 18h27

América Latina não vive corrida armamentista, dizem especialistas

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DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON

A América Latina não vive uma corrida armamentista apesar do aumento de 150% nos gastos militares nos últimos cinco anos, dizem especialistas às vésperas da assembleia geral da Organização os Estados Americanos (OEA) que dará destaque ao tema.

A região investiu US$ 51 bilhões (R$ 93 bilhões) em armamentos em 2009, um acréscimo de 7,6% em relação ao ano anterior, segundo cálculos do Instituto Internacional para a Paz de Estocolmo.

Mas da metade destes gastos foram feitos pelo Brasil, que junto com Chile, Colômbia e Venezuela são os países que mais gastam com armamento.

Os gastos são considerados moderados quando comparados com de outras regiões, como o Leste Europeu, que investiu US$ 100 bilhões (R$ 184 bilhões) no ano passado.

No entanto, as compras de armamento na América Latina aumentaram 150 % entre 2005 e 2009. "Não existe uma corrida armamentista na região, mas existe potencial para ela", disse Iñigo Guevara, especialista do Grupo de Análises de Segurança com Democracia.

"Sou cético sobre (a ideia) de uma corrida armamentista. Os maiores problemas da região não são convencionais, mas contra o crime organizado e guerrilhas como a da Colômbia", disse Ray Walser, da Fundação Heritage.

"O que sabemos com segurança é que ocorre na região algo muito parecido com uma guerra fria no nível ideológico e político: existe uma guerra de palavras", explica Richard Downie, do Centro de Estudos de Defesa Hemisférico, com sede na capital americana.

O tema das compras militares da região vão entrar na pauta da 40ª Assembleia Geral da OEA, que será realizada em Lima de 6 a 8 de junho.

O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, declarou ontem (3) "a preocupação com a compra de armamento vai estar na declaração que os chanceleres assinarão na Assembleia Geral da OEA que começa no próximo domingo", que também abrangerá temas "vinculados com a luta contra o crime e o narcotráfico".

 

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