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06/06/2010 - 15h31

Papa deixa o Chipre pedindo atenção aos cristãos no Oriente Médio

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DA ANSA, EM NICÓSIA (CHIPRE)

O papa Bento 16 deixou hoje a ilha do Chipre, após uma visita apostólica de três dias, com uma mensagem de encorajamento aos cipriotas, com "sincera esperança e pregação para que, juntos, cristãos e muçulmanos" estimulem a "paz e a reconciliação", e pedindo mais atenção à situação dos cristãos no Oriente Médio, após a morte de um bispo na Turquia , a facadas, na semana passada.

Nos três dias em que permaneceu no país, Joseph Ratzinger participou de alguns compromissos e lançou, por diversas vezes, apelos pelo fim do conflito no país e no Oriente Médio. Ele também se reuniu com um líder muçulmano, da ordem sufi, corrente mística e espiritual do Islã.

"Enquanto deixo a vossa terra, como muitos peregrinos antes de mim, lembro-me como o Mediterrâneo é formado por um rico mosaico de povos, com suas próprias culturas e suas próprias belezas, calor e humanidade", declarou o pontífice.

"Exprimo ainda a minha sincera esperança e pregação para que, juntos, cristãos e muçulmanos tornem-se um fermento de paz e reconciliação entre os cipriotas e que será um exemplo aos outros países", continuou.

Bento 16 recordou ainda os dias que permaneceu no país, na Nunciatura Apostólica de Nicósia, localizada na chamada Linha Verde -- que divide o país e é controlada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

"Pude ver pessoalmente como é triste a divisão da ilha, como também pude levar em conta as perdas de uma parte significativa de uma herança espiritual que pertence a toda a humanidade", declarou o papa em um breve discurso.

"Pude também ouvir os cipriotas do norte, que querem retornar em paz às suas casas e aos seus locais cultos, e fui profundamente tocado por suas reivindicações". "Certamente, a verdade e a reconciliação, junto ao mútuo respeito, constituem o fundamento mais sólido para o futuro de unidade e de paz para esta ilha e para a estabilidade e a prosperidade de todos os seus habitantes", complementou.

O pontífice encerrou sua declaração com uma mensagem de encorajamento aos cidadãos e ao governo local, para que "trabalhem com paciência e constância com os seus vizinhos para construir um futuro melhor e mais seguro para todos os seus filhos".

Por sua vez, o chefe de Estado do país, Demetris Christofias, agradeceu ao papa por sua visita que, "para nós, cipriotas, é um evento de valor memorável que presenteia com um particular prestígio as celebrações do 50º aniversário da Constituição da República do Chipre".

Christofias também agradeceu pelo "contínuo apoio" do pontífice "à nossa luta para conseguir uma solução imparcial, operativa e eficaz, que reunirá o nosso país, baseada nas resoluções do Conselho de Segurança da ONU".

 

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