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Coreia do Norte vê vitória em declaração da ONU sobre ataque a navio sul-coreano
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DE SÃO PAULO
O embaixador da Coreia do Norte na ONU (Organização das Nações Unidas), Sin Son-ho, comemorou nesta sexta-feira como uma vitória a declaração do Conselho de Segurança sobre o naufrágio de um navio de guerra sul-coreano.
O Conselho cedeu à pressão chinesa e expressou "grande preocupação" com as descobertas da investigação sul-coreana de que o ataque veio de um submarino da Coreia do Norte, ao mesmo tempo que ressaltou que o regime de Pyongyang negou responsabilidade.
"Nós consideramos nossa grande vitória diplomática", disse o embaixador Sin Son-ho a repórteres. "Desde o início do incidente, nós deixamos nossa posição muito clara de que este incidente não teve nada a ver conosco".
Um inquérito concluiu que um torpedo norte-coreano afundou a corveta Cheonan em 26 de março, matando 46 marinheiros sul-coreanos. Pyongyang nega responsabilidade por isso e afirma que os resultados da investigação sul-coreana estão incorretos.
O Conselho cedeu e preferiu não fazer uma acusação direta a Pyongyang. A China, aliada do regime comunista norte-coreano, é membro permanente --e com poder de veto-- do órgão.
O documento da ONU pede ainda por "medidas apropriadas e pacíficas contra os responsáveis", novamente sem identificar diretamente a Coreia do Norte e nem detalhar que tipo de medida.
O Conselho de Segurança tem discutido há semanas uma possível repreensão à Coreia do Norte, mas a China mostrou-se relutante a permitir qualquer crítica direta que possa provocar retaliação do país vizinho. Assim como Rússia, EUA, Reino Unido e França, a China é membro permanente do Conselho de Segurança, tem poder de veto e é capaz de bloquear qualquer iniciativa do conselho.
Uma comissão internacional realizada por cinco países ocidentais (Austrália, Canadá, Estados Unidos, Reino Unido e Suécia) também realizou uma investigação e concluiu que a corveta Cheonan foi atingida por um torpedo proveniente de um submarino norte-coreano.
A Rússia, contudo, indicou recentemente que uma equipe de especialistas enviados à região para fazer uma nova análise teria concluído que os indícios da culpa da Coreia do Norte não são tão claros quanto os países ocidentais apontaram inicialmente.
A China também já havia manifestado dúvidas quanto aos resultados da investigação internacional, apesar de "respeitar" o relatório e as respostas de cada país ao incidente.
COM REUTERS, NAS NAÇÕES UNIDAS
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