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Coreia do Norte e ONU se reúnem para discutir naufrágio sul-coreano
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DA EFE, EM SEUL (COREIA DO SUL)
O Comando da ONU (Organização das Nações Unidas) e a Coreia do Norte realizam nesta segunda-feira uma reunião na zona desmilitarizada de Panmunjom, na fronteira entre as duas Coreias, para abordar o naufrágio da embarcação de guerra sul-coreana Cheonan, informaram fontes oficiais.
Em comunicado, o Comando da ONU, liderado pelos Estados Unidos, indicou que o regime comunista de Pyongyang aceitou a proposta apresentada no final de junho de "discutir" o naufrágio --atribuído por Seul a um ataque de torpedo norte-coreano.
A reunião começará às 10h desta terça-feira (22h desta segunda-feira em Brasília), em Panmunjom. Segundo um porta-voz do Comando da ONU citado pela agência local Yonhap, após o encontro de trabalho em nível de coronéis haverá uma reunião de generais das duas partes.
O Conselho de Segurança da ONU condenou na sexta-feira passada (9) o ataque de torpedo que levou ao naufrágio do Cheonan e à morte de 46 de seus marinheiros, mas preferiu não fazer uma acusação direta a Pyongyang na declaração. O ato foi uma clara concessão a China, aliada do regime comunista norte-coreano e membro permanente --e com poder de veto-- do Conselho.
Na declaração, adotada unanimemente pelos 15 membros, o Conselho expressou "grande preocupação" com as descobertas da investigação sul-coreana de que o ataque veio de um submarino da Coreia do Norte, mas se manteve em cima do muro ao ressaltar que o regime de Pyongyang negou responsabilidade.
O documento pede ainda por "medidas apropriadas e pacíficas contra os responsáveis", novamente sem identificar diretamente a Coreia do Norte e nem detalhar que tipo de medida.
Um inquérito concluiu que um torpedo norte-coreano afundou a corveta Cheonan em 26 de março, matando 46 marinheiros sul-coreanos. Pyongyang nega responsabilidade por isso e afirma que os resultados da investigação sul-coreana estão incorretos.
O Conselho de Segurança tem discutido há semanas uma possível repreensão à Coreia do Norte, mas a China mostrou-se relutante a permitir qualquer crítica direta que possa provocar retaliação do país vizinho. Assim como Rússia, EUA, Reino Unido e França, a China é membro permanente do Conselho de Segurança, tem poder de veto e é capaz de bloquear qualquer iniciativa do conselho.
COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
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