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Ao menos 73 cubanos devem chegar amanhã a Madri, diz chanceler espanhol
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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
De acordo com a chancelaria espanhola o governo aguarda a chegada de ao menos 11 presos políticos e 62 familiares nesta terça-feira (13) em Madri, em dois voos comerciais das companhias aéreas Iberia e Air Europa.
"Creio que segundo as última informações serão 11 presos políticos cubanos, com seus familiares. O número de familiares até o presente momento não sabemos, mas estará em torno de 62 e 65", declarou o chanceler Miguel Angel Moratinos.
Os 11 dissidentes integram um grupo de 52 presos que devem ser liberados nos próximos meses. Anteriormente a Igreja Católica cubana havia divulgado uma lista com 17 nomes.
Apesar da confirmação do chanceler espanhol sobre os 11 dissidentes, o Arcebispado de Havana tinha anunciado no sábado que seriam 17 os libertados "em breve", rumo à Espanha.
Raúl Abreu/Efe - 19.mai.10 |
Imagem mostra primeira reunião entre o líder Raúl Castro e membros da Igreja de Cuba |
Além de Milán, García Paneque e Pacheco, irão para a Espanha também Antonio Villarreal, Léster González, Ricardo González, Normando Hernández, Omar Ruíz, Julio César Gálvez, Mijail Bárzaga, Arturo Pérez, Jorge Luis González, Manuel Ubals, Alfredo Pulido, Blas Reyes, Ricardo Enrique Silva e José Izquierdo.
As informações desencontradas indicam que o número final dos presos que devem chegar à Espanha na terça-feira (13) ainda pode ser alterado. Estima-se que o voo da Air Europa chegue à capital espanhola às 13h locais e o da Ibéria às 14h locais.
As autoridades cubanas começaram no sábado passado (10) a libertar este primeiro grupo de presos políticos, que devem partir com suas famílias para Espanha, em um marco do acordo de libertação obtido com mediação da Igreja Católica.
Os presos de vários locais da ilha já foram levados a Combinado del Este, em Havana, para a realização de exames médicos e dos trâmites migratórios.
DIÁLOGOS
Esta é a maior libertação de presos políticos desde que o presidente Raúl Castro assumiu o poder, em fevereiro de 2008, das mãos de seu irmão, ex-ditador Fidel Castro. Fidel liberou 101 presos políticos pouco depois da visita histórica do papa João Paulo 2º à ilha, em 1998.
Na quarta-feira passada (7), a Igreja Católica cubana anunciou que o governo concordou em libertar 52 presos políticos, em uma grande concessão à pressão internacional para melhorar as condições de direitos humanos na ilha.
O anúncio foi feito após recentes diálogos entre o presidente cubano, Raúl Castro, e o líder da Igreja Católica em Cuba, cardeal Jaime Ortega. A Igreja assumiu um papel mais determinante nos assuntos internos da ilha desde maio.
Também veio logo após um encontro entre o chanceler espanhol, Miguel Angel Moratinos, com autoridades cubanas na terça-feira (6). Moratinos disse que foi à ilha para oferecer apoio aos esforços da Igreja.
DÚVIDAS
Segundo Laura Pollan, membro do grupo Damas de Branco, até o momento 26 presos foram consultados sobre a possibilidade de ir para a Espanha, dos quais 20 aceitaram a oferta. Segundo ela, não ficou claro se aqueles que querem permanecer em Cuba serão soltos.
Ela disse que os protestos do grupo vão continuar até que Cuba solte todos os outros cerca de cem presos políticos.
Autoridades cubanas ainda não falaram com o marido preso de Pollan, Hector Maceda, sobre mudar-se para a Espanha, mas ela disse que, mesmo que ele decida partir, ela ficará.
Os 52 homens estavam entre 75 dissidentes políticos presos na Primavera Negra de 2003, em uma ação enérgica do governo cubano que prejudicou suas relações diplomáticas. Outros já foram soltos, a maioria por motivos de saúde.
Eles cumprem penas que variam de 13 a 24 anos de prisão por violar as leis cubanas destinadas a conter a oposição, e o que o governo chama de atividades subversivas.
COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
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