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Favorito ao governo belga cogita anistia para colaboradores de nazistas
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DA EFE, EM BRUXELAS (BÉLGICA)
O principal candidato a primeiro-ministro da Bélgica, Elio di Rupo, está estudando a possibilidade de uma anistia para os belgas que colaboraram com os nazistas durante a ocupação alemã na Segunda Guerra (1939-1945).
Segundo a edição deste sábado do jornal "Le Soir", Di Rupo quer iniciar um debate sobre o tema, e está disposto a criar uma comissão parlamentar para o assunto.
Os historiadores afirmam que a maior colaboração com o nazismo na Bélgica aconteceu em Flandres, a parte norte, de língua holandesa, onde milhares de pessoas foram condenadas após a guerra, e cerca de 200 foram executadas, por seus contatos com os invasores alemães.
A estratégia do socialista Di Rupo, que pode ser o primeiro francófono a se tornar primeiro-ministro em décadas, seria um gesto de aproximação com a população flamenga do país.
A Bélgica tem um histórico de profunda divisão entre comunidades valona (de língua francesa) e flamenga do país, que vêm causando problemas políticos para a Bélgica há décadas.
Em abril, o primeiro-ministro Yves Leterme renunciou após a ruptura da coalizão governista --a terceira queda de uma aliança governista a que a Bélgica assiste nos últimos três anos.
Desta vez, o racho ocorreu por causa de diferenças quanto aos direitos que se aplicam aos valões em Hal e Vilvorde, uma circunscrição flamenga situada na periferia da capital. A área de Flandres, no norte da Bélgica, é mais rica que o sul, a Valônia, e seus partidos vêm pressionando para que a região tenha mais autonomia.
Nos últimos anos, a Bélgica reabriu o assunto da colaboração de alguns de seus cidadãos com o nazismo, um ponto controverso no país e que sempre causou fortes disputas entre forças políticas.
O psiquiatra Philippe Van Meerbeeck, que já defendia uma anistia, afirmou ao "Le Soir" que Di Rupo o consultou sobre o tema nas últimas semanas. Van Meerbeeck defende a anistia como uma medida necessária para que haja "finalmente um perdão, uma condição sine qua non para a reconciliação entre os belgas".
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